Petrobras é investigada em nova fase da operação Lava Jato
A operação Lava Jato teve uma nova fase deflagrada nesta quarta-feira (18). O objetivo da vez, de acordo com a Polícia Federal, é aumentar as investigações por suspeitas de corrupção e propina para favorecimento de companhias em contratos de afretamento de navios realizados pela Petrobras (PETR3; PETR4) em valores que passam dos R$ 6 bilhões.
“Há suspeitas de que algumas empresas teriam sido beneficiadas com informações privilegiadas acerca da programação de contratação de navios utilizados para transporte marítimo de petróleo e derivados da empresa, de forma que tiveram valiosa vantagem competitiva na captação dos negócios. Em contrapartida, há evidências de pagamentos de propina a empregados da empresa pública”, disse a polícia sobre a Petrobras.
Segundo informações da PF, colaboradores da Petrobras e pessoas e empresas que estão nos negócios firmados pela Petrobras como brokers, que teriam corrompido funcionários da estatal para garantir negócios de fornecimento de transporte de produtos, estão sendo investigados.
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Doze mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça. Do total, um foi em São Paulo e 11 foram no Rio de Janeiro.
A PF informou que o objetivo da operação é colher evidências do envolvimento de empregados vinculados à Diretoria de Abastecimento e Logística e Gerência de Afretamentos da Petrobras com atos de corrupção e lavagem de dinheiro, além das outras companhias suspeitas de terem participado.
Ex-diretores da Petrobras são multados pela CVM
Os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Jorge Zelada foram multados em R$ 1,7 milhão e inabilitados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os executivos foram suspensos de suas atividades por 15 e 18 anos, respectivamente, por irregularidades nas compras de quatro navios-sonda pela estatal.
Além disso, o órgão regulador havia acusado outros ex-integrantes da diretoria da Petrobras, em dois processos diferentes, que incluíam os ex-presidentes José Sérgio Gabrielli e Maria das Graças Foster, enquanto diretora de Gás e Energia.
Todavia, o colegiado compreendeu, por maioria, que o processo em relação aos ex-presidentes da Petrobras e demais ex-diretores já havia prescrito e o mérito não foi julgado. Esta foi a primeira vez que a CVM discutiu os prazos de prescrição de um processo em que também há crimes na esfera judicial.