A Petrobras é alvo de uma investigação privada e coletiva realizada pelo escritório norte-americano de advocacia Glancy Prongay & Murray. O anúncio da investigação foi realizado na última terça-feira (11).
O escritório abriu a investigação contra a Petrobras, devido à revelação de que as tradings Vitol, Trafigura e Glencore pagaram propina aos funcionários da estatal.
De acordo com o esquema, essas tradings obtiveram vantagens, entre 2009 e 2014, para comprar e vender derivados de petróleo. Além disso, levavam vantagem no aluguel de tanques para estocagem.
O escritório busca reunir acionistas da Petrobras que se sentiram prejudicados com essa ação, e que queiram mover um processo contra a estatal.
Além disso, os norte-americanos acreditam que a ação pode ter violado das leis federais.
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Entenda o caso
A revelação do caso aconteceu na 57ª fase da Lava Jato, deflagrada no último dia 4.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as tradings pagaram propinas para intermediários e funcionários da Petrobras.
Entretanto, foram pagos respectivamente os montantes de US$ 5 milhões, US$ 6 milhões, US$ 4 milhões. Esses valores, estão relacionados a mais de 160 operações de compra e venda de derivados de petróleo e aluguel de tanques (estocagem), entre 2009 e 2014.
Além dessas, outras empresas também estão sendo investigadas.
O MPF afirma que as provas apontam um esquema. Nele, as empresas pagavam propinas para conseguir facilidades e preços vantajosos, além da realização de contratos com maior frequência.
O esquema está relacionado a compra e venda no mercado internacional de:
- Óleo combustível (produtos utilizados para geração de energia térmica);
- Gasóleo de vácuo (intermediário utilizado na produção de gasolina e diesel);
- Bunker (combustível para motores de navio);
- Asfalto.
Entretanto, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão e onze de prisão preventiva. Além disso, um mandado de intimação.
Todos ordenados pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª vara Criminal de Curitiba.
A Petrobras fechou um acordo de US$ 853 milhões com as autoridades norte-americanas, em setembro. O objetivo é encerrar as investigações iniciadas pela Lava Jato, sobre a estatal brasileira.
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