Petrobras diz que greve dos petroleiros não causará impactos na produção
A Petrobras (PETR3; PETR4) informou nesta quarta-feira (12) que a greve dos petroleiros não causará impactos na produção da estatal.
Os funcionários da Petrobras estão em greve desde o dia 1º de fevereiro. No entanto, segundo a petrolífera, as unidades seguem operando em condições adequadas mesmo após 12 dias de paralisação.
“As unidades estão operando em condições adequadas de segurança, com reforço de equipes de contingência e não há impacto na produção. As entregas de produtos ao mercado também seguem normais”, informou a petroleira.
A estatal comunicou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter ao menos 90% do efetivo trabalhando normalmente durante o período de greve “assegura a adoção de medidas necessárias para coibir descumprimentos e condutas de caráter abusivo”. A determinação do STF mantém a decisão anterior do Tribunal Superior do Trabalho.
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Até o momento, conforme as informações divulgadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve conta com 20 mil adesões, em 50 plataformas, 11 refinarias e 23 terminais.
Entenda o que causou a greve dos funcionários da Petrobras
A greve dos petroleiros foi motivada pelas demissões de funcionários da subsidiária Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), que será desativada. Além disso, os funcionários protestam contra o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
De acordo com a FUP, a cláusula 26 do ACT da Araucária Nitrogenados impede a empresa de promover demissões em massa sem negociar previamente com o sindicato.
“A Petrobras anunciou a demissão sumária dos trabalhadores da Fafen-PR, que souberam do fato pela imprensa. Nem o sindicato, nem a FUP foram sequer informados sobre essa decisão arbitrária”, comunicou a federação, em nota, ao anunciar a greve. “A indignação da categoria com tantos abusos será convertida em luta, através de uma greve forte e coesa em todo o Sistema Petrobras”, completa a entidade.
A fábrica será desativada após gerar um prejuízo de cerca de R$ 250 milhões entre janeiro e setembro do ano passado. Além disso, a Petrobras quer sair totalmente do negócio de fertilizantes e focar apenas na exploração e produção de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas.