Petrobras pode entrar em greve geral a partir de 1º de fevereiro, diz FUP

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou, nesta sexta-feira (17), que convidou a Petrobras (PETR4) junto a sindicatos para uma greve geral a partir do dia 1º de fevereiro. A medida é uma forma de reivindicar as demissões na petrolífera estatal.

Conforme a nota enviada pela FUP, as assembleias para que a Petrobras se posicione sobre a greve ocorrerão entre os dias 20 a 28 de janeiro. No dia 29 de janeiro, a federação e os sindicatos dos petroleiros se reunirão no Conselho Deliberativo para definir os desdobramentos da greve.

Na última terça-feira (14), a petroleira informou que irá hibernar a fábrica de fertilizantes de sua subsidiária Araucária Nitrogenados (ANSA), no Paraná. Como consequência, a companhia demitirá 396 funcionários.

A federação informou que petroleiros estão realizando diversas manifestações desde o anúncio sobre a hibernação da fábrica. Na manhã desta sexta-feira, um grupo de petroleiros se reuniu em um ato em frente à fábrica de fertilizantes.

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“O que estão fazendo na Fafen-PR é um balão de ensaio para demissões em massa em todo o Sistema Petrobras. Não há saída individual. Nossa resposta tem que ser na luta. É na resistência que iremos reverter as demissões e impedir que se alastrem para as demais unidades da empresa”, disse o diretor da FUP, Deyvid Bacelar.

Fábrica da Petrobras será desativada por prejuízos

A Petrobras informou que irá desativar a fábrica de fertilizantes da ANSA após tentar vender o ativo e não conseguir. Isso porque a unidade tem apresentado prejuízos desde que foi adquirida, no ano de 2013.

Saiba mais: Petrobras demitirá 396 funcionários de fábrica que será desativada no PR

A fábrica gerou um prejuízo de cerca de R$ 250 milhões entre janeiro e setembro do ano passado. As previsões para este ano estimavam que o resultado poderia superar R$ 400 milhões negativos.

“No contexto atual de mercado, a matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) está mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia)”, informou a empresa.

Além disso, a Petrobras quer sair totalmente do negócio de fertilizantes e focar apenas na exploração e produção de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas.

Giovanna Oliveira

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