A Petrobras (Petr4) eleva em 3,5% o preço médio do diesel em suas refinarias, a partir deste sábado (23). O litro passará a custar R$ 2,1224, enquanto a gasolina se mantém sem alteração. As informações foram divulgadas no site da petroleira na sexta-feira (22).
O valor médio do diesel será o mais alto desde 28 de novembro. No período, a Petrobras comercializava o combustível a R$ 2,1228 reais por litro.
A empresa de economia mista tem aumentado seus preços com frequência neste mês, acompanhando a alta nas cotações do petróleo no mercado internacional.
Atualmente, a gasolina está cotada a R$ 1,6538 real por litro. Este também é o maior nível em mais de três meses.
Na quarta-feira (20), a Petrobras anunciou que elevaria a partir da quinta-feira (21), o preço médio da gasolina em 1,23% nas refinarias. Assim, o preço médio do litro da gasolina passou de R$ 1,6337 para R$ 1,6538.
A companhia pode realizar reajustes em qualquer intervalo de tempo. Afinal, há uma política de preços da companhia que busca seguir a paridade internacional.
No cálculo de reajuste, a petroleira utiliza indicadores como:
- câmbio;
- barril do petróleo;
- e mecanismos de hedge.
Desta forma, há a intenção de aliviar a frequência dos reajustes.
Saiba mais – Preço da gasolina nas bombas tem o menor valor desde de janeiro de 2018
Preço médio nas bombas
O preço médio da gasolina nas bombas obteve leve recuo nesta semana, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP). O valor do litro caiu 0,02%, de R$ 4,173 para R$ 4,172, segundo o levantamento divulgado na sexta-feira (22).
Esta é a 18ª queda consecutiva, e o preço da gasolina segue no menor valor desde 6 de janeiro de 2018 (R$ 4,151).
A ANP também apurou:
- diesel: alta de 0,1%; de R$ 3,442 para R$ 3,444.
- etanol: alta de 0,6%; de R$ 2,744 para R$ 2,760.
Saiba mais – Mercado de refino brasileiro pode ter menor participação da Petrobras
Petrobras almeja reduzir participação no mercado de refino
O presidente-executivo da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, declarou que tem a intenção de reduzir para 50% a participação da empresa mista no mercado de refino brasileiro. Atualmente, a petroleira possui quase a totalidade do mercado.
Roberto Castello Branco acrescentou que a venda de 100% da participação da Petrobras, em algumas refinarias, pode ocorrer. As afirmações foram feitas em 15 de fevereiro ao “GloboNews”.
Na gestão do ex-presidente-executivo, Ivan Monteiro, a estratégia era vender 60% da participação da petroleira em quatro refinarias. Dessas quatro refinarias, duas estariam localizadas no Nordeste, e duas no Sul.
Assim, a companhia continuaria com 40% de participação nesses ativos. Nessa linha, a estatal manteria 60% da capacidade de refino do País.
Roberto Castello Branco criticou o alto percentual de refino da estatal A em uma entrevista divulgada internamente ao qual a agência “Reuters” teve acesso, 8 de janeiro.
Para Castello Branco, “não é concebível que uma única companhia [Petrobras] tenha 98% da capacidade de refino, seja ela qual for, em um país. E nós estamos sendo alvo de ações do CADE [Conselho Administrativo de Defesa Econômica]”, disse.
“O relevante é ser forte e não ser gigante”, acrescentou o presidente-executivo da Petrobras. Além disso, completou que os monopólios são “inadmissíveis” em sociedades livres.