A Petrobras (PETR4) deixará o prédio de São Paulo que abriga sua sede administrativa (Edisp). A estatal petrolífera informou nesta terça-feira (26) a intenção de deixar o local.
O objetivo é economizar mais de R$ 100 milhões durante o período do plano de negócios 2019/2023. Hoje o Edisp é o prédio mais caro mantido pela Petrobras. Por isso, a estatal salientou que estuda realizar Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e um Programa de Desligamento por Acordo Individual.
Mesmo sendo ganhadores de concurso, os funcionários da Petrobras podem ser demitidos pois são contratados na base da CLT. A petroleira é uma empresa de economia mista, e por isso a demissão de funcionários é uma prática permitida por jurisprudência da Justiça do Trabalho.
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“Como os estudos estão em curso, ainda não há detalhes ou cronogramas definidos”, informou a petroleira em comunicado. Entretanto, a nota não detalhou o número de funcionários que poderão ser incluídos no programa.
Segundo o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo, na Edisp trabalham mais de 400 funcionários da Petrobras. Para o sindicato, o plano de demissão voluntária deveria ocorrer entre abril e maio.
“Estudos estão sendo feitos para determinar atividades que podem migrar para outros imóveis. Os gestores responsáveis pelas atividades que hoje são realizadas no prédio estão avaliando quais delas realmente precisam permanecer na capital paulista e quais podem ser realocadas em outros imóveis da companhia no Estado, como a sede da UO-BS (Unidade de Operações da Bacia de Santos) ou as refinarias, ou mesmo na sede, no Rio de Janeiro”, informou a Petrobras no comunicado.
O Sindicato Unificado dos Petroleiros informou que está negociando com a Petrobras sobre a desocupação do prédio. Segundo o sindicato, os trabalhadores que decidirão permanecer na estatal serão transferidos.
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“Estão conversando com as Unidades para definir a quantidade de vagas, mas não haverá vagas para todos os empregados; o processo será rápido, bem como a transferência das pessoas”, informou o comunicado do sindicato. Segundo a nota, a Petrobras está levando adiante “uma redução de atividades em São Paulo e não somente uma desmobilização de prédio”.
Plano de reestruturação da Petrobras
A decisão Petrobras ocorre durante o processo de vendas de ativos levados adiante pelo novo presidente da estatal, Roberto Castello Branco. A empresa está vendendo, entre as outras coisas, refinarias e ativos não considerados estratégicos. Em entrevistas recentes, Castello Branco salientou a intenção em se concentrar na exploração e produção petrolífera, especialmente na bacia do pré-sal, onde a Petrobras tem uma forte vantagem competitiva.
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Além das vendas de ativos, há meses a Petrobras está levando adiante um processo de redução do quadro de funcionários. Já foram realizados recentemente planos de demissões voluntárias de funcionários.