Petrobras (PETR4) deixa de ser a empresa mais valiosa da América Latina
A Petrobras (PETR3; PETR4) deixou de ser a empresa listada em bolsa mais valiosa da América Latina. No dia 6 de março, era a primeira colocada, com o valor de mercado de US$ 66,07 bilhões (R$ 321,07 bilhões) e, de acordo com o levantamento da Economática, na última sexta-feira (13), encerrou o pregão na B3 sendo avaliada em US$ 43,13 bilhões (R$ 209,59 bilhões), em quinto lugar.
A Petrobras foi ultrapassada pelo Itaú Unibanco (ITUB4), que passou do segundo para o primeiro lugar, sendo avaliada em US$ 52,93 bilhões (R$ 257,22 bilhões).
Dentre as 10 primeiras, a Vale (VALE3) foi a que menos desvalorizou em valor de mercado. Antes quinta colocada, a mineradora brasileira perdeu US$ 2,79 bilhões ao longo da última semana, ficando atrás apenas do Itaú, sendo avaliada em US$ 46,45 bilhões (R$ 225,73 bilhões), em segundo lugar.
A Ambev (ABEV3) e o Bradesco (BBDC4) registraram expressivas perdas de US$ 9,6 bilhões e US$ 6,6 bilhões, respectivamente. A cervejaria caiu uma colocação, enquanto o banco permaneceu no sétimo lugar da relação.
Das 10 primeiras, a melhor colocada estrangeira é a Walmart México, sendo avaliada em US$ 44,87 bilhões (R$ 218,05 bilhões). De toda a lista de empresas levantada pela consultoria de finanças, 12 são brasileiras, cinco são mexicanas, duas são peruanas e uma colombiana.
Mesmo com a recuperação do Ibovespa na última sexta-feira, quando subiu 13,91%, a 82.677,91 pontos, a última semana foi a pior desde 2008 para o índice acionário.
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Em cinco dias de pregão, o Ibovespa desvalorizou 15,63%. Todas as empresas, juntas, perderam R$ 593 bilhões. Atualmente, as companhias valem R$ 3,4 trilhões, sendo que, no início de 2020, eram quase R$ 5 trilhões. No acumulado anual, o índice já acumula queda de 30,68%.
As ações da Petrobras, além de serem influenciadas pelo avanço do coronavírus (Covid-19) no mundo, sentiram o impacto da queda do preço do petróleo. Apenas no último domingo (8), a cotação da commodity chegou a cair 31%, na maior queda diária desde a Guerra do Golfo, ocorrida entre 1990 e 1991.