O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta segunda-feira (15) que a decisão sobre o reajuste ainda não foi tomada. Porém, o executivo ressaltou que a estatal é livre.
A fala ocorreu após uma reunião no Palácio do Planalto nesta segunda. O objetivo do encontro era discutir a política de preços de combustíveis. Na última quinta (11), o presidente Jair Bolsonaro interferiu na política de preços da Petrobras.
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“Não tem nenhuma decisão. A Petrobras é uma coisa, outra é o governo. O governo quer abordar a questão dos caminhoneiros, a Petrobras tem sua vida própria”, afirmou Castello Branco ao deixar o Planalto.
“Vamos decidir quando vai ser reajustado ou não. Isso é uma decisão empresarial, diferente da decisão do governo, que é de políticas públicas. O que significa que a Petrobras é livre”, acrescentou o presidente da empresa.
Após a intervenção de Bolsonaro na Petrobrás, as ações da empresa caíram mais de 8%. Além disso, a estatal perdeu R$ 32,4 bilhões em valor de mercado.
Interferência política
Por meio do porta-voz da Presidência da República, o governo negou que o pedido de recuo no aumento de preços do diesel foi uma interferência política na Petrobras.
Com a decisão de Bolsonaro, que contraria o discurso liberal de Paulo Guedes, a Petrobras teve queda de 8,54% na Bolsa na sexta-feira (12). Por isso, estatal perdeu R$ 32,4 bilhões em valor de mercado.
Ao impedir o aumento do preço do diesel, o presidente pediu uma justificativa com números e dados para a medida, afirmando que a alta informada pela Petrobras era superior à inflação.
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O receio do governo nacional sobre o aumento do preço dos combustíveis pela Petrobras está baseado em uma possível nova greve dos caminhoneiros. Em maio de 2018, a categoria parou por 11 dias e influenciou todas as cadeias de distribuição nacionais. A manifestação resultou em consequências para diversos setores da economia.
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