O presidente-executivo da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que a petroleira ainda tem interesse em desfazer-se da Braskem (BRKM3).
“A Petrobras tem participação na Braskem, um investimento financeiro que não faz nenhum sentido”, afirmou à Imprensa após evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), no Rio de Janeiro.
O executivo também declarou que as refinarias operadas pela Petrobras poderão ser integradas a petroquímicas no futuro. A medida, entretanto, “não tem nada a ver” com o desejo da companhia de vender a participação na Braskem.
Castello Branco descartou a possibilidade de privatização da estatal. “A Petrobras não pertence ao ministério da Economia. É uma empresa que tem acionistas privados. Não está sujeita a esse programa”, disse.
Saiba mais – Petrobras inicia processo de divulgação para a venda de oito refinarias
Venda das refinarias da Petrobras e possível integração às petroquímicas
O CEO da petroleira afirmou que a integração das refinarias às petroquímicas não foi debatida “com profundidade […] Daqui a dois anos a Petrobras será uma companhia totalmente diferente do que é hoje”, afirmou.
Castello Branco também destacou que a empresa mira a venda de oito de suas 13 refinarias. Na última sexta-feira (28), a Petrobras iniciou formalmente o processo de desinvestimentos de quatro unidades:
- a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco;
- a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia;
- a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) no Paraná;
- e a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul.
Após o evento, Castello Branco informou que a Petrobras deve abrir formalmente o processo de venda de mais quatro refinarias. A abertura deve ocorrer até o fim de agosto. Deste modo, as próximas refinarias da lista de desinvestimentos são:
- a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais;
- a Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas;
- a Unidade de Industrialização do Xisto (Six), no Paraná;
- e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará.