A Petrobras informou nesta sexta-feira (26) que irá fazer uma nova rodada de venda de ativos. A medida foi tomada em uma reunião com o conselho de administração da companhia.
Além da redução da participação na BR Distribuidora, a Petrobras irá vender oito refinarias. Atualmente, a estatal possui 71% da BR. A lista de desinvestimento também inclui a venda da rede de postos da companhia no Uruguai.
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Ao blog do colunista do portal “G1”, João Borges, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco afirmou que a expectativa é arrecadar US$ 15 bilhões com a venda das refinarias. Ao todo, elas possuem capacidade de refino de 1,1 milhão de barris por dia.
As refinarias que devem ser vendidas são:
- Refinaria Abreu e Lima;
- Unidade de Industrialização do Xisto;
- Refinaria Landulpho Alves (RLAM);
- Refinaria Gabriel Passos (REGAP);
- Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR);
- Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP);
- Refinaria Isaac Sabbá (REMAN);
- Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR).
“Os projetos de desinvestimento das refinarias, além do reposicionamento do portfólio da companhia em ativos de maior rentabilidade, possibilitarão também dar maior competitividade e transparência ao segmento de refino no Brasil”, informou a estatal em comunicado.
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Desinvestimentos
Recentemente, a Petrobras assinou 3 contratos de venda de ativos, totalizando US$ 10,3 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões). O acordo inclue campos de petróleo e transportadoras de combustíveis.
Entre os contratos assinados estão:
- a alienação de 90% da participação na Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG). O grupo formado pela Engie e pelo fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) comprou as ações da Petrobras.
- a cessão de 50% dos direitos de exploração e produção do campo de Tartaruga Verde (concessão BM-C-36) e do Módulo III do campo de Espadarte. Quem comprou esses ativos foi a Petronas Petroleo Brasil Ltda. (“PPBL”), subsidiária da Petroliam Nacional Berhad (Petronas).
- a cessão da participação total em 34 campos de produção terrestres. Quem comprou foi a empresa Potiguar E&P S.A., subsidiária da Petrorecôncavo.
“As diretrizes estão de acordo com os pilares estratégicos da companhia que têm como objetivo a maximização de valor para o acionista, através do foco em ativos em que a Petrobras é a dona natural visando à melhoria da alocação do capital, aumento do retorno do capital empregado e redução de seu custo de capital”, disse a empresa.