A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou nesta terça-feira (18) que irá antecipar 30% do pagamento do Prêmio por Performance (PPP) de 2019. A medida é uma forma de encerrar a greve dos petroleiros, iniciada no dia 1º de fevereiro.
De acordo com a Petrobras, o pagamento só será antecipado para os trabalhadores que não estiverem participando da greve. Os recursos serão pagos no dia 28 de fevereiro, três meses antes da data prevista inicialmente.
“O pagamento ocorrerá no dia 28 de fevereiro e um contraqueche específico estará disponível no próximo dia 22. A quitação do PPP 2019 a todos os empregados elegíveis será paga no dia 29 de maio de 2020, após a deliberação da Assembleia Geral Ordinária, de acordo com as regras do programa e após a avaliação de cumprimento de metas e desempenho individual”, diz o comunicado divulgado pela companhia.
O PPP é um sistema utilizado pela empresa para substituir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A medida busca bonificar os funcionários por meio de um sistema meritocrático.
A estatal informou que a antecipação ocorre “em reconhecimento aos empregados que têm trabalhado para garantir a realização das atividades normais da companhia desde 1º de fevereiro”.
Greve dos petroleiros da Petrobras
A greve dos trabalhadores da Petrobras ocorre por conta das demissões de funcionários da subsidiária Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), que será desativada.
Saiba mais: Funcionários da Petrobras aprovam greve a partir de 1º de fevereiro
Além disso, a paralisação reivindica contra o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a cláusula 26 do ACT da Araucária Nitrogenados impede a empresa de promover demissões em massa sem negociar previamente com o sindicato.
“A Petrobras anunciou a demissão sumária dos trabalhadores da Fafen-PR, que souberam do fato pela imprensa. Nem o sindicato, nem a FUP foram sequer informados sobre essa decisão arbitrária”, comunicou a federação.
A greve, que não possui data estipulada para terminar, foi considerada pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins, como “abusiva e ilegal”. Ao todo, são 21 mil trabalhadores e 121 unidades da Petrobras que aderiram a paralisação liderada por sindicatos.
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