Vírus da peste suína africana registrou súbito aumento de casos na China e já atinge outros países da Ásia e do continente europeu. O agente não tem ligação com o novo coronavírus e não afeta humanos.
A peste suína africana chegou na China há cerca de dois anos, após passar pela Europa onde não apresentou fortes impactos. O vírus, da família Asfarviridae, é altamente contagioso e infecta somente porcos e javalis. Ainda não há tratamento ou vacina vacina para o vírus.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde Animal (conhecida pela sigla OIE, no original), a doença já se disseminou por 50 países e afetou 75% da produção mundial de porcos. A doença já causou 440 milhões de mortes na China, equivalente a cerca de 50% do rebanho do país.
A moléstia é conhecida como peste suína africana por ter sido identificada pela primeira vez na África. A doença é transmitida por carrapatos e provocada febre alta e hemorragia em suínos. O agente pode permanecer ativo por tempo indeterminado em alimentos contaminados, em objetos e outros locais.
Peste suína africana se dissemina pelo mundo
A doença vem avançando pelo mundo e já chegou à Índia, onde matou mais de 14 mil porcos. Segundo a OIE, o país notificou 11 surtos da peste entre 26 de janeiro e 23 de abril, resultando na morte de 3,7 mil de animais, em conformidade com dados da última sexta-feira (22).
Além disso, o vírus também afetou desde o início de 2020 nove países do continente europeu, como Bulgária, Romênia e Bélgica. De acordo com a autoridade de segurança alimentar da Europa, European Food Safety Authority (EFSA), a propogação tem sido rápida. Outros focos da moléstia foram identificados nas últimas semanas na Polônia, bem como na Grécia.
Na China, embora os casos tenham se mostrado em declínio, a doença ainda não foi controlada. O governo chinês notificou novos casos na província de Gansu.
Saiba mais: Peste suína africana incentivará produção de carne suína da BRF no Brasil
No caso brasileiro, não foi registrado nenhum caso da peste suína africana ainda. Ao mesmo tempo, as exportações de carne à China, com baixos estoques de suínos, estão anotando alta.
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