Pesquisa mostra que 75% dos brasileiros não consegue poupar dinheiro
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) indicou que apenas 19% dos brasileiros conseguem poupar dinheiro.
Segundo a pesquisa da CNDL/SPC Brasil, 75% dos brasileiros não faz qualquer tipo de economia. Outros 6% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder. Entre os que registram mais dificuldade para poupar dinheiro estão os mais pobres.
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Somente 15% dos entrevistados das classes C, D e E conseguiram economizar ao menos parte de seus salários em janeiro. Uma porcentagem que chegou a 32% entre os consumidores das classes mais ricas: A e B.
Renda muito baixa e indisciplina maiores causas
Cerca de 39% dos brasileiros que não pouparam nada em janeiro salientaram o fato de ter renda muito baixa. Um fator que impossibilita economizar todos os meses. Além disso, imprevistos financeiros foram indicados por 21% dos entrevistados como razão para não poupar. Outros 17% afirmaram não possuir fonte de renda.
O restante aponta descontrole e indisciplina para não poupar: 16% admitem perder o controle dos gastos e 10% apontam a falta de disciplina para manter o hábito de guardar dinheiro.
Segundo a pesquisa, cerca de 35% das pessoas que conseguem poupar com frequência o faz sem planejamento. Em cada dez poupadores, cerca de 60% guardam o que sobra do salário do mês. Por outro lado, 40% decidem qual valor deverá ser poupado.
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“O ideal é definir um valor que possa ser guardado de forma fixa, como um compromisso a ser cumprido, mesmo que seja um valor baixo. Se o consumidor deixa para guardar apenas o que sobra após pagar todas as contas, ele pode ceder às compras por impulso. Uma boa solução para ajudar na disciplina é programar no banco uma transferência automática”, declarou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
A pesquisa da CNDL/SPC Brasil analisou a quantidade de brasileiros que conseguem poupar e suas estratégias de formação de reserva financeira. Os pesquisadores entrevistaram 800 pessoas, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais e confiança é de 95%.
