Pesquisa do Datafolha encomendada pelo C6 Bank indica que cerca de 44% dos jovens usam as redes sociais como principal fonte de informação para tomar decisões de investimento.
A pesquisa ouviu cerca de 950 adolescentes brasileiros entre os dias 18 e 25 de outubro e mostrou que 70% deles têm como hábito guardar algum dinheiro – sendo 81% na Classe A, 73% na C e 51% nas Classes D e E.
Um outro estudo, da equipe de Marketing Insights & Analytics do Twitter Brasil, revelou ainda que até setembro postagens sobre assuntos relacionados a investimentos financeiros foram responsáveis por um total de 14 milhões de tweets – alta de 400% em relação ao mesmo período no ano passado.
Os principais objetivos citados foram complemento na renda mensal e reserva de emergência para situações inesperadas.
Além disso, na mesma pesquisa 64% dos participantes afirmaram acreditar ganhar muito capital no curto prazo, fazendo investimentos por conta própria com base apenas em dicas de internet.
“O jovem está nas redes sociais e tem hoje muito mais fontes de informação à disposição do que anos atrás, tanto para o lado bom como para o lado ruim”, afirmou Liao Yu Chieh, professor do Insper e diretor de educação financeira do C6 Bank em entrevista à Folha de S. Paulo.
O especialista frisa que a informação sobre o ganho de curto prazo é ‘preocupante’. “Isso não é verdade e é um ponto de atenção com o qual os jovens precisam tomar cuidado”, diz.
Nas redes sociais, criptomoedas ganham fôlego
O dado, contudo, pode ser influenciado pela atratividade de ativos como as criptomoedas, sendo que o termo foi designado como o mais popular pelo estudo do Twitter.
A hashtag #criptomoedas foi utilizada em 62% das postagens sobre finanças no Brasil – de janeiro a setembro, mais de 4 milhões de mensagens continham a hashtag.
Justamente entre os mais jovens o termo é popular, dado que em metade das postagens com a hashtag o autor ou autora tinha até 24 anos.
O mesmo levantamento apontou que 81% dos usuários das redes sociais desejam investir mais no ano que vem em relação ao que pouparam neste ano, e 66% afirmaram estar procurando instrumentos mais rentáveis de investimento.
Notícias Relacionadas