O MXRF11, ou Maxi Renda Fundo de Investimento Imobiliário, encerrou nesta sexta-feira (26) o período de direito de preferência de aquisição das sua sétima emissão de cotas. Nessa primeira fase, foram vendidos 17,8 milhões de papéis, cada um por cerca de R$ 10,15, dos 45,8 milhões disponibilizados, cerca de 38,8% do total.
O fundo imobiliário de papel levantou, com isso, R$ 174,4 milhões. O esperado, com toda a oferta, é levantar R$ 450 milhões, faltando R$ 275,5 milhões para alcançar a quantia. Sobram ainda 28 milhões de novas cotas a serem vendidas, sem contar a taxa de distribuição primária e a emissão de cotas adicionais, que pode acrescer em até 20% o número inicial.
O período para os cotistas, agora, exercerem seu direito de subscrição às sobras vai do dia 29 de março até o dia primeiro de abril, na B3, e de 29 de março a cinco de abril junto ao escriturador. O fator de proporção de Novas Cotas para exercício do Direito de Subscrição de Sobras será equivalente a 1,62043121562.
Apenas após o período de subscrição de sobras é que investidores profissionais, ainda não cotistas, poderão adquirir parte no MXRF11, sendo o número de novos investidores limitado a 50 e a busca, por parte da XP, a 75.
Os recursos provenientes da oferta serão aplicadas pelo MXRF11 de acordo com a sua política de investimentos. Em seu último relatório gerencial, o fundo possuía 79% do seu capital alocado em certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), 13% em permutas financeiras, 4% em outros fundos e 4% em caixa.
Para especialistas, MXRF11 manterá gestão com nova emissão
Apesar de ter, recentemente, mudado o seu perfil de investimento, a crença de especialistas é que o MXRF11 manterá, com a nova emissão, seu perfil de investimento.
Para Marcos Baroni, analista-chefe de fundos imobiliários da Suno Research, mesmo com a mudança do cenário econômico ao longo prazo, dificilmente o Maxi Renda mudará a sua “cara”. “A política atual do fundo deve apresentar melhora com a alta da Selic e ficará menos dependente do ganho de capital”, afirma.
Hoje, ele avalia que o perfil do MXRF11 é “conservador”. De acordo com o relatório gerencial de janeiro do MXRF11, 80% do seu patrimônio líquido é alocado em CRIs com “bons nomes de crédito” e até 20% em permutas financeiras.