A Boeing anunciou nesta quarta-feira (24) uma perda liquida de US$ 2,94 bilhões (cerca de R$ 11,10 bilhões). O resultado negativo se deve a problemas registrados com o seu avião 737 Max. O modelo está impedido de voar por autoridades de controle aéreo do mundo inteiro há quatro meses após dois acidentes que deixaram 346 mortos.
Este número é o maior prejuízo trimestral já a registrado pelo fabricante de aeronaves norte-americano. O anuncio também acompanha o atraso do cronograma de voos do novo projeto da Boeing, os aviões modelo 777x, que mira o segmento de aeronaves de longa distancias e que está em estágio de desenvolvimento.
Por exemplo, por causa dos problemas registrados pela empresa, a American Airlines Group anunciou um cancelamento de 115 voos do modelo 737 Max até o início de setembro deste ano. As operações serão interrompidas até que os problemas – que já foram até admitidos pelo próprio diretor executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, em maio de 2019 – não serão resolvidos.
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A decisão da companhia já era vista como algo natural após a Administração Federal de Aviação (FAA. na sigla em inglês), dos Estados Unidos, descobrir novas falhas nos modelos que causaram os dois acidentes fatais.
Acidentes envolvendo 737 Max
Em outubro de 2018 ocorreu uma queda deste modelo da aeronave na Indonésia, provocando 189 mortes. O Boeing 737 Max foi o mesmo modelo que também caiu na Etiópia no dia 10 de março deste ano. Um acidente que terminou com a morte de 157 pessoas.
Segundo os investigadores da Indonésia o defeito no 737 Max fez com que o jato se inclinasse levemente para o alto. Esse problema acabou aumentando as chances de uma estolagem (perda de sustentação aerodinâmica).
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Um dia antes, sempre na Indonésia, um piloto que estava de folga em um outro voo do 737 Max, e que se encontrava por acaso na cabine de pilotagem, havia percebido um problema semelhante, e conseguido evitar outro acidente. Segundo ele, o problema foi superado ao desligar um dos motores, estabilizando o avião.
O avião seguia um trajeto de Bali à Jacarta, capital da Indonésia. Apesar de esta informação ter sido divulgada, as autoridades locais não quiseram entrar em detalhes.
A estimativa da Boeing é que os ajustes ao modelo 737 Max sejam realizados até meados de setembro.