Manuella Guimarães, mulher do ex-presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, falou publicamente pela primeira vez sobre a saída do marido da estatal por conta de denúncias de assédio.
Em suas redes sociais, Manuella publicou uma foto ao lado do marido nesta e escreveu que as denúncias de assédio sexual e moral contra o Pedro Guimarães são “ataques deliberados e impiedosos” para “destruir” a sua família.
Pedro Guimarães pediu demissão da presidência da Caixa após a repercussão de denúncias de assédio moral e sexual por funcionários da Caixa, reveladas pelo site Metrópoles. O executivo nega as acusações, que são investigadas pelo Ministério Público Federal.
“Sabíamos que na luta pelo Brasil haveria deslealdade, inveja, sordidez e falsidade. Sabíamos que seriam acompanhados de ataques deliberados e impiedosos com objetivo único de destruir nossa família”, diz o texto, publicado no Instagram.
“Para muitos, minha guerra por um Brasil melhor começou em 2019 com o Pedro Presidente da Caixa Econômica Federal. Entretanto, começou em 2014 com o meu pai, Léo Pinheiro”, continua a mensagem.
Manuella Guimarães faz referência ao ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, delator do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato.
Esta é a primeira vez em que Manuella comenta o caso na rede social. Antes disso, ela chegou a participar de um evento ao lado do marido na quarta-feira, 29, um dia após as denúncias se tornarem públicas.
Pedro Guimarães respondeu “Eu te amo” e compartilhou a postagem em seu perfil no Instagram.
A primeira-dama Michele Bolsonaro escreveu “querida”, em apoio à Manuella. A estilista brasileira Martha Medeiros também comentou na postagem.
“Inveja mata! Vocês são amados, felizes e tem uma família linda que eu conheço de uma vida! Mas deus é maior e vocês estão blindados de todo o mal pelo senhor”, escreveu a estilista.
Veja a íntegra do texto da esposa de Pedro Guimarães:
“Sabíamos que na luta pelo Brasil haveria deslealdade, inveja, sordidez e falsidade. Sabíamos que seriam acompanhados de ataques deliberados e impiedosos com objetivo único de destruir nossa família.
Para muitos, minha guerra por um Brasil melhor começou em 2019 com o Pedro Presidente da Caixa Econômica Federal. Entretanto começou em 2014 com o meu pai, Leo Pinheiro.
Lutamos armados com a verdade e somos protegidos pela fé.
Assim, diante de tantas mensagens de apoio, força e orações, não poderia deixar de dividir um pouco da minha vida com vocês. Bem-vindos.”
Entenda a saída do presidente da Caixa
Na quarta (29), o presidente da Caixa entregou carta de demissão, aceita pelo presidente Jair Bolsonaro após começar a ser investigado pelo Ministério Público Federal por denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias do banco. Guimarães negou as acusações.
Ele entregou o cargo com uma carta em que se defende: “É uma situação cruel, injusta, desigual e que será corrigida na hora certa com a força da verdade.” A exoneração foi oficializada no Diário Oficial da União.
O presidente da República não se pronunciou sobre as denúncias que levaram ao pedido de demissão de Guimarães.
O agora ex-presidente da Caixa é próximo a Bolsonaro e apareceu em inúmeras lives em redes sociais ao lado do chefe do Executivo.
Guimarães estava à frente da Caixa desde 2019, sendo um dos poucos auxiliares do presidente Jair Bolsonaro que permanecia no mesmo cargo desde o começo do governo. Ele era um dos auxiliares mais próximos a Bolsonaro, que busca a reeleição em outubro.
A presidência da Caixa Econômica Federal será ocupada por Daniella Marques, secretária Especial de Produtividade e Competitividade do ministério da Economia, também confirmada no DOU.
Daniella tinha apoio de integrantes do ministério da Economia para assumir a presidência da Caixa. Uma fonte próxima à secretária Especial disse ao Valor Econômico que ela é “séria, muito técnica e competente para comandar a instituição”.
Segundo fontes do Broadcast, a escolha de uma mulher para o posto ajudaria a estancar as denúncias de assédio sexual contra funcionárias do banco que envolvem o nome de Pedro Guimarães.
Com Estadão Conteúdo