Pedidos de seguro-desemprego nos EUA passam de 6 milhões
Os pedidos de seguro-desemprego dos EUA bateram mais um recorde na semana encerrada no dia 28 de março. De acordo com a divulgação do Departamento do Trabalho norte-americano nesta quinta-feira (2), foram realizados 6,64 milhões de pedidos ao governo.
As medidas de contenção da disseminação do novo coronavírus (Covid-19) fazem com que cerca de 80% da população estadunidense esteja sob algum tipo de bloqueio à circulação, impactando a economia dos EUA.
A leitura divulgada pela órgão estatal superou em quase o dobro a estimativa dos especialistas ouvidos pelo jornal “The Wall Street Journal”, que era de aproximadamente 3,1 milhões de pedidos.
Na divulgação da última semana, o Departamento de Trabalho informou que na semana encerrada no dia 20 de março, foram realizados 3,2 milhões de pedidos. Antes disso, uma quantidade de pedidos similarmente tão alta foi registrada em outubro de 1982, com cerca de 695 mil pedidos.
Ou seja, a leitura reportada nesta quinta-feira é cerca do dobro da última semana e mais de 800% superior ao recorde anterior. É importante salientar que, até a última semana, número total de desempregados que já recebiam o seguro em todo o país era de 2,006 milhões.
De acordo com a universidade norte-americana John Hopkins, os Estados Unidos já registram mais de 216 mil casos do coronavírus, com cerca de 5,14 mil mortes. O país já é considerado o epicentro da pandemia no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Queda do PIB dos EUA
O Morgan Stanley informou, no final do mês passado, que prevê uma queda de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre deste ano. Com isso, a economia do país norte-americano chegaria ao menor nível em 74 anos.
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De acordo com os economistas do banco, a redução reflete os impactos do coronavírus na economia. Dessa forma, visto que a doença deverá atingir seu pico entre abril e maio, o crescimento econômico dos EUA deverá se recuperar somente a partir do terceiro trimestre, segundo os especialistas.
Mary Daly, a presidente do Federal Reserve (Fed) de San Franciso, nos Estados Unidos, disse, na última terça-feira (31), acreditar que o país já está em recessão.
Daly diz que “se fizermos a coisa certa e nos protegermos e reduzirmos a disseminação do vírus, a economia dos EUA estará na melhor posição para se recuperar”.