O SMLL, índice que representa as principais small caps da bolsa de valores no Brasil, apresentou uma alta de 5,16% em julho, terminando o período com cerca de 1.997 pontos. O índice interrompeu três quedas mensais seguidas, a melhor performance para um mês desde março de 2022.
A alta das small caps veio em linha com o cenário de recuperação parcial do mercado de ações e demais ativos de renda variável. Isso pode ser visto através do IFIX, por exemplo, que teve alta mensal de 0,66%, enquanto o Ibovespa subiu 4,69% nesse período.
Apesar do risco global de recessão que ganhava força na metade do mês de julho, além do cenário doméstico de incertezas de gastos com a PEC Kamikaze e ano eleitoral, os riscos ficaram amenizados até o final deste período, conforme a visão dos investidores, o que favoreceu os ativos de renda variável.
Na primeira semana de julho, o índice de small caps permaneceu mais estável, mas assumiu uma semana de aumento até o dia 11. Do dia 11 ao dia 19, ele voltou a ter uma tendência de queda pontual. O cenário acabou ficando mais positivo ao final do período mensal.
O valor de abertura era de 1.889 pontos, alcançando a mínima no dia 5 de julho, aos 1.852 pontos. A máxima foi alcançada no último pregão do mês, aos 2.007 pontos.
Algumas small caps impactaram de forma positiva o índice SMLL. Entre as valorizações, o destaque foi a Kepler Weber (KEPL3), que variou +37,46%. Outra small cap que se destacou no período foi a PBG (PTBL3), com uma alta de 34,85% em seu preço.
Outras small caps que se destacaram positivamente foram a Paranapanema (PMAM3), subindo 33,73%, e Cury Construtora (CURY3), com alta de 28,89%. Fechando o Top 5, a ação do Mills (MILS3) teve uma alta de 27,27% em julho.
Veja quais são as 5 small caps que mais subiram no mês de julho:
- Kepler Weber (KEPL3): +37,46
- PBG (PTBL3): +34,85%
- Paranapanema (PMAM3): +33,73%
- Cury Construtora (CURY3): +28,89%
- Mills (MILS3): +27,27%
Como funciona o índice de small caps (SMLL)?
Segundo informa a B3, o Índice de Small Caps (SMLL) representa uma carteira teórica de ações, que possui critérios e metodologias estabelecidas pela própria bolsa de valores brasileira. O seu objetivo é medir o desempenho médio de preço das ações de empresas com uma capitalização de mercado menor.
As empresas que compõe o índice SMLL precisam estar listadas na B3. No entanto, elas não podem fazer parte da lista de empresas que representem 85% da capitalização total de mercado das companhias da bolsa.
Além disso, elas precisam compor a lista de 99% das empresas mais negociados da bolsa. A categoria que está abaixo das small caps são as ações com preço de negociação inferior a R$ 1,00, conhecidas como “penny stocks”. Estas não fazem parte do índice SMLL.
Importante considerar que o SMLL não se trata de um ativo que pode negociado na bolsa, uma vez que ele representa somente uma carteira teórica representativa. Apesar disso, é possível comprar e vender um conjunto de small caps, por meio de ETFs, como a iShares BM&FBovespa Small Cap Fundo de Índice (SMAL11).
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