A economia dos Estados Unidos criou 272 mil empregos em maio, em termos líquidos, segundo relatório publicado nesta sexta-feira, 7, pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado do payroll ficou acima do topo das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 120 mil a 220 mil postos de trabalho, com mediana de 185 mil.
O relatório do payroll mostrou também que a taxa de desemprego dos EUA aumentou para 4% em maio, ante 3,9% em abril. A previsão era de que a taxa permaneceria em 3,9% no mês passado.
O Departamento do Trabalho revisou levemente para baixo o número de criação de empregos de abril, de 175 mil para 165 mil, assim como o de março, de 315 mil para 310 mil.
Em maio, segundo os números do payroll, o salário médio por hora teve alta de 0,40% em relação a abril, ou US$ 0,14, a US$ 34,91, variação que ficou acima da projeção do mercado, de 0,30%. Na comparação anual, houve ganho salarial de 4,08% no último mês, superior à previsão de 3,9%.
Chance de corte de juros até setembro pelo Fed cai a 52,6%, após payroll dos EUA, aponta CME
A possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reduzir juros até setembro recuava, após o relatório mensal de empregos do EUA (payroll) de maio, com números acima do previsto na geração de vagas e no avanço médio dos salários. Pouco antes do fechamento deste texto, a chance de corte até setembro recuava a 52,6%, de 67,4% logo antes do dado, no monitoramento das expectativas do mercado financeiro feito pelo CME Group.
A possibilidade de uma redução de apenas 25 pontos-base em todo o ano atual crescia, em 38,8% há pouco, superando a de um corte de 50 pontos-base, agora em 36,3%.
Ibovespa cai e dólar sobe após dados de emprego nos EUA
Depois de uma breve recuperação no pregão da quinta-feira, 6, o Ibovespa opera em queda nesta sexta-feira, 7, após dados do empregos nos Estados Unidos criaram mais empregos do que se previa em maio.
O indicador do payroll sugere que o banco central do país, o Federal Reserve (Fed), continuará enfrentando obstáculos para conter a inflação e, consequentemente, precisará manter os juros em níveis elevados – algo negativo para ativos de risco e de países emergentes.
A economia dos Estados Unidos criou 272 mil empregos em maio, em termos líquidos, segundo relatório publicado pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou acima do topo das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de abertura de 220 mil postos de trabalho. A mediana das estimativas estava em 185 mil.
“A geração de empregos segue muito forte lá fora. Isso é ruim, porque quanto mais emprego você tem, mais pessoas recebendo salários, mais pessoas consumindo. Gera uma pressão inflacionária. É bem provável que o Federal Reserve demore um pouco mais para baixar os juros”, disse Renan Santos, sócio e líder da mesa de renda variável na KAT Investimentos.
O salário médio por hora também cresceu mais que o previsto em maio nos Estados Unidos – outro sinal negativo para o controle da inflação.
O dólar começou o dia em queda e reverteu para o verde, após o resultado do relatório de emprego dos Estados Unidos em maio. O payroll tem impacto na cotação do dólar por ser um indicador considerado essencial para a calibragem das apostas para a política monetária americana. Por volta das 13h20 (de Brasília), o dólar recuperava a conversão a R$ 5,279, com alta de 0,56%.
Com Estadão Conteúdo
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