Na última segunda-feira (23), o ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou sobre a situação do governo argentino. Ele foi questionado sobre o país vizinho no fórum do Instituto Formação de Líderes em Belo Horizonte.
Paulo Guedes disse que o governo da Argentina não tomou as medidas necessários a tempo para ajustar a economia do país, possibilitando a “chance para voltar (ao poder) justamente quem quebrou o país antes”.
Argentina no radar de Paulo Guedes
O candidato de oposição de centro-esquerda à Presidência argentina, Alberto Fernández, venceu o presidente Maurício Macri nas eleições primárias da Argentina. O candidato, que tem como vice em sua chapa a ex-presidente Cristina Kirchner, possui grandes chances de assumir o poder.
“Não queremos cair no problema que a Argentina caiu de hesitar no primeiro ano, hesitar no terceiro e no final tá tudo degringolando. E aí, a tragédia final, volta os que quebraram. A turma que quebra volta para acabar de quebrar”, afirmou o líder da pasta econômica do Brasil.
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Paulo Guedes, no entanto, disse que não pode interferir nos assuntos internos da Argentina e, por se tratar de um membro do Mercosul, o qual o Brasil faz fronteira, é necessário “dizer que tamo junto”.
“Mas a grande verdade é que, se ninguém fizer o ajuste, perde o espaço e dá a chance para voltar justamente quem quebrou o país antes. O que não é problema nosso, é problema deles”, acrescentou o ministro.
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De acordo com Guedes, de forma contrária ao que ocorreu na Argentina, o governo Jair Bolsonaro está passando por um primeiro ano de sacrifício. “É um ano de plantar”, salientou.
Paulo Guedes ressaltou que ano que vem a economia deve se mover bem melhor, decolando em 2021. Já em 2022, segundo ele, o País deverá estar “em velocidade de cruzeiro”.