O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, projetou nesta segunda-feira (23) que haverá uma desaceleração na geração de empregos até o final do ano e que o Brasil deve perder 300 mil vagas formais de emprego em 2020. A informação foi divulgada enquanto o economista participava do seminário virtual Visão do Saneamento Brasil e Rio de Janeiro, organizado pela Firjan.
Na ocasião, Guedes sinalizou que “nós vamos possivelmente chegar ao final deste ano perdendo 300 mil empregos, que dizer, 20% do que perdemos nos anos de 2015 e 2016. No ano que enfrentamos a maior crise da nossa história, uma pandemia global, vamos perder entre um quinto e um terço dos empregos perdidos na recessão anterior”.
“O Brasil criou 500 mil empregos em julho, 250 mil em agosto e 313 mil em setembro. Está para sair a qualquer momento [os dados de] outubro. Eu nem acredito que vá continuar nesse ritmo tão acelerado. É natural que dê uma desacelerada”, completou o ministro.
Além disso, o economista afirmou que a economia do País “voltou em ‘v’ como esperávamos”. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o ministro afirmou que “o FMI:[Fundo Monetário Internacional] previa uma queda de 9,5% do PIB brasileiro. Vai ser bem menos que a metade”.
Depois das eleições já vêm mais reformas, diz Guedes
No evento desta segunda-feira, o ministro ainda afirmou que há “conversas sendo feitas” e que logo depois do segundo turno das eleições virão “mais reformas”.
Nesse sentido, Guedes disse que “estamos aqui conversando entre a eleição, primeiro turno, segundo turno, já têm mais coisas aí sendo costuradas, conversas sendo feitas e logo depois das eleições já vêm mais reformas”.
Em relação a autonomia do Banco Central (BC), Guedes salientou que “o BC independente está aí. Tenho certeza que a Câmara aprova logo mais. Sonho de mais de 40 anos, de despolitização da moeda”.
Com informações do Estadão Conteúdo.