Paulo Guedes viu fala de Bolsonaro sobre Renda Brasil como ‘um carrinho’
O ministro da Economia, Paulo Guedes, buscou nesta sexta-feira (28) minimizar as divergências com o presidente da República, Jair Bolsonaro, no desenho do novo programa Renda Brasil. O economista, contudo, admitiu que recebeu a fala do mandatário como “um carrinho”.
“O salário de 75% dos trabalhadores CLT é abaixo de um salário e meio, realmente é tirar de uma base de trabalhadores brasileiros e passar para quem está desempregado numa situação pior ainda. E o presidente reagiu, com o senso político dele”, declarou Paulo Guedes, durante videoconferência promovida pelo Instituto Aço Brasil.
O ministro afirmou que nos próximos dias será decidido se acontecerá um uma prorrogação de auxílio emergencial ou o lançamento do Renda Brasil. “Estamos conversando sobre o que é mais adequado”, ressaltou o economista, acrescentando que há a “preocupação de não interromper abruptamente esse reforço do consumo de baixa renda”.
Paulo Guedes reforça compromisso com teto de gastos
Além disso, o ministro voltou a reiterar o compromisso com o limite de gastos públicos, “tudo dentro do teto de gastos”, e o comprometimento com as reformas estruturais. “Temos que travar o piso ou o teto vai cair na nossa cabeça”, afirmou Guedes.
O chefe do Ministério da Economia também comentou que “classe política perdeu capacidade de gestão” em razão do crescimento das despesas indexadas.
O ministro ainda avaliou que a economia brasileira já dá sinais consistentes de retomada. “A economia já pegou no tranco”, destacou o economista. Em outras ocasiões, o economista já havia destacado que a atividade econômica no País já apresenta indícios de uma retomada em “V”.
“Reafirmo que nós temos a noção de estarmos percorrendo um caminho, um caminho de prosperidade, comprometido com as reformas que vão colocar o Brasil na rota de crescimento novamente”, afirmou Paulo Guedes.