O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, nesta terça-feira (30), que “qualquer previsão do Produto Interno Bruto (PIB) agora, inclusive do Fundo Monetário Internacional (FMI), é chute”.
Segundo o chefe da pasta econômica, em reunião da comissão mista do Congresso, “eu não diria que a economia cai 9%, 10%. Mas também não digo que vamos sair crescendo rápido, mas temos a chance de recuperação mais rápida do que estão prevendo”. No primeiro trimestre deste ano, o PIB brasileiro caiu 1,5%.
A divulgação do indicador pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no entanto, abrange o período de janeiro a março. As medidas de restrição da atividade econômica para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) começaram a entrar em vigor a partir da segunda metade de março.
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Em uma estimativa mais ampla, o FMI apresentou um relatório, na última quarta-feira (24), em que passou a estimar uma queda de 9,1% na economia brasileira. Na projeção anterior, apresentada em maio, o Fundo esperava que o PIB brasileiro cairia 5,3% em 2020.
A queda mais próxima da estimativa do FMI ocorreu em 1990, quando o PIB recuou 4,4%. A expectativa da instituição internacional também é mais pessimista que os profissionais do mercado financeiro, que passaram a projetar um tombo de 6,54%, segundo o Boletim Focus divulgado na última segunda-feira (29).
No encontro desta terça, que tinha por objetivo acompanhar as ações do governo no combate à pandemia, Guedes também foi questinado sobre as dificuldades das empresas em acessar o crédito anunciado pelo governo. O ministro salientou que aperfeiçoamentos ainda estão sendo realizados no mundo inteiro.
“Acho que, na próxima reunião, vou trazer boas notícias nesse front de crédito”, afirmou. Ele ressaltou que, na semana passada, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, lançou um novo programa “turbinando” o que já estava funcionando.
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A autoridade monetária central também ajustou sua previsão para o PIB deste ano na útima quinta-feira (25), passando a prever uma baixa de 6,4% na economia brasileira.