O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (13) que o governo se compromete com a preservação da Amazônia. O comentário vem à tona após investidores internacionais pressionarem o governo brasileiro para aumentar a preservação da floresta.
Ao participar da Cúpula Ministerial Virtual da OCDE sobre Inclusão Social para a América Latina e o Caribe, Paulo Guedes realçou a importância da Amazônia. “Sabemos que temos que reduzir os efeitos sobre o meio ambiente. Queremos apoio e compreensão para fazer isso melhor. O Brasil sabe da importância do desenvolvimento sustentável não apenas do ponto de vista fiscal, como do ponto de vista ambiental”, indicou ele.
O economista também utilizou o espaço para reafirmar que o Brasil tem desenvolvido um papel fundamental na preservação da floresta. “Sabemos que preservamos mais as nossas florestas e protegemos nossos povos indígenas melhor que outros países, onde houve guerras de extermínio. O Brasil alimenta o mundo preservando o seu meio ambiente”, apontou. Entretanto, Guedes pediu a compreensão dos países, já que sozinho será difícil cumprir o objetivo de ajudar a Amazônia.
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Ademais, Guedes completou dizendo que “a Amazônia é maior que a Europa, é difícil monitorar tudo. Em um país com carência de educação e saneamento, como policiar toda a selva Amazônica sem ajuda? Estamos abertos à cooperação e ajuda para saída da crise”.
Guedes responde às medidas tomadas pela Europa
De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, sete grandes empresas de investimento europeias afirmaram à agência “Reuters” que deixarão de investir no Brasil, caso o País não apresente uma solução para o desmatamento na Amazônia.
O corte de investimentos, segundo o jornal, incluiria produtores de carne, operadoras de grãos e até títulos do governo brasileiro. As gigantes Nordea (finlandesa) e a Legal & General Investment Management (LGIM), que é britânica, são algumas das empresas que estão repudiando o que está acontecendo com a floresta tropical, que é considerada por especialistas o “pulmão do mundo”. Estes dois grupos de investidores possuem sob seus guarda-chuvas mais de US$ 2 trilhões em ativos administrados.
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Em agosto do ano passado, Bolsonaro chegou a dizer que não precisava do dinheiro de países europeus para preservar a floresta. No entanto, nesta segunda-feira, o governo travou o repasse de R$ 33 milhões doados pela Noruega e Alemanha para o Ibama, que seriam destinados à Amazônia, levando Guedes a pedir ajuda de outros países para que o governo consiga lidar com a questão ambiental.