O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou o fim do livre comércio com o México. Guedes disse a representantes de três fabricantes líderes de mercado (General Motors, Fiar e Volkswagen) que está na hora de abrir a economia.
A fala ocorreu em uma reunião na última sexta-feira (29), no Rio de Janeiro. Pessoas que estiveram presentes no encontro disseram que o clima foi tenso. Um dos auxiliares do ministro Paulo Guedes argumentou que as montadoras receberam R$ 20 bilhões de subsídios em um período de cinco anos.
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Além de Guedes, três outros membros participaram do encontro:
- Marcos Troyo (Comércio Exterior)
- Carlos Costa (Produtividade)
- Marcos Cintra (Receita Federal)
Representando as montadoras, estavam:
- Antonio Filosa, presidente da Fiat
- Carlos Zarlenga, presidente da GM,
- Antonio Megale, diretor de Assuntos Governamentais da Volks
Além disso, outros dois executivos também participaram do encontro.
Mercado livre
A reunião foi marcada depois de um pedido do governador de São Paulo, João Dória ao ministro Paulo Guedes. De acordo com o governador, há receios por parte da GM de que o livre mercado possa comprometer os investimentos planejados pela empresa no Estado. Em troca, o governo paulista traria benefícios fiscais a GM.
Carros e autopeças são negociados entre os dois países sem pagar tarifas desde o dia 19. De acordo com as montadoras, o ambiente de negócios no Brasil não é competitivo o bastante para isso. Além disso, as fabricantes argumentaram que empresas mexicanas são favoráveis à retomada das cotas. Porém, precisam ser acompanhadas de uma regra de origem mais branda.
O ministro informou que o Brasil voltará a negociar com o México. Contudo, o objetivo da conversa seria sobre uma ampliação da abertura de mercados. Isso porque o governo deseja trocar a redução da produção de carros no País por um acordo amplo, que englobe ônibus e caminhões.
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Paulo Guedes ressaltou que o governo vem trabalhando para aumentar a competitividade do Brasil. Guedes citou as propostas da reforma da Previdência, os planos de reforma tributária e as medidas para a desburocratização do País.