A Polícia Federal (PF) abriu, nesta sexta-feira (30), inquérito para investigar Paulo Guedes, ministro da Fazenda de Jair Bolsonaro, sobre suposta fraude envolvendo fundos imobiliários federais.
Paulo Guedes agora será investigado pelo crime de gestão fraudulenta ou temerária ao captar recursos de sete entidades de previdência complementar de pessoas ligadas a empresas estatais.
A ação da PF é resultado de um pedido do Ministério Público Federal (MPF) no mês de outubro.
O MPF também abriu um procedimento preliminar após as acusações feitas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
A PF remeteu o inquérito à Justiça Federal em Brasília, com pedido para que tramite em sigilo. O futuro ministro da Fazenda deve ser intimado a depor nas próximas fases da investigação.
A delegada Dominique de Castro Oliveira, chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Superintendência da PF, será a responsável pelo caso.
Enquanto na procuradoria a investigação ficará por conta do procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. Está previsto que o ministro da Fazenda de Bolsonaro deponha sobre o caso no dia 5 de dezembro.
O caso
A investigação é decorrência da captação de R$ 1 bilhão em fundos imobiliários administrados por pessoas ligadas ao PT e do PMDB.
Entre os fundos de pensão investigados no caso, estão: Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios).
A maior parte das acusações envolvem fraudes nos contratos assinados por Paulo Guedes. Que supostamente não teriam passado pelas avaliações técnicas necessárias e teriam gerado ganhos extras ao economista.