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Paulo Guedes sobre intervenção na Petrobras: “Não sei do que vocês estão falando”

Petrobras

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se manisfestou sobre a intervenção do governo de Jair Bolsonaro na política de preços da Petrobras. Na noite da última quinta (11) o presidente cancelou o reajuste de 5,7% nos preços do diesel nas refinarias da Petrobras.

“Eu não sei nem do que vocês estão falando”, disse Guedes após ser questionados por jornalistas. O ministro declarou que passou “o dia todo trabalhando” e que não tem informações a respeito do ocorrido. “Eu tenho um silêncio ensurdecedor para os senhores”, afirmou.

A fala ocorreu na saída de uma reunião no Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington. O ministro participa da reuniões do FMI, do Banco Mundial e de encontros do G-20 e dos Brics.

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“Eu queria conversar com vocês sobre o andamento do dia [em Washington], aí aconteceu alguma coisa lá que eu vou ter que me informar, porque eu passei o dia na sala enquanto vocês estavam tendo informação”, disse Guedes.

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Roberto Campos Neto

Paulo Guedes não foi o único a ser questionado sobre a intervenção do governo na Petrobras. Mais cedo, o presidente do Banco Central, Roberto Campo Neto, disse que não acredita que o governo Jair Bolsonaro irá adotar práticas de controle de preços. A medida foi implementada pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Campos Neto não quis comentar a questão da suspensão dos preços por Bolsonaro. “Eu cheguei aqui na quarta-feira, não estou acompanhando as notícias. Não tem possibilidade de um dirigente do Banco Central falar de prática de preços da Petrobras”, afirmou.

Reunião no Planalto

O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião com ministros e técnicos para tratar da questão da política de preços da Petrobras. A reunião deverá ocorrer na próxima terça-feira (16).

A reunião convocada pelo presidente foi confirmada pelo porta-voz do Palácio do Planalto, general Otávio Rêgo Barros. Segundo Barros, Bolsonaro estaria preocupado com o impacto do ajuste do combustível.

“O encontro de terça caracteriza a necessidade do dirigente do poder executivo de identificar quais os aspectos que levam realmente às decisões que são tão importantes à sociedade”, explicou o porta-voz da Presidência da República.

Entretanto, Barros não esclareceu se durante a reunião será tomada uma decisão sobre os preços do diesel. “A reunião, por princípio, é para tomar uma decisão. Mas se exigir um aprofundamento de alguns dados, naturalmente não será na terça-feira o resultado final”, afirmou o porta-voz da Presidência.

Nenhuma interferência

Barros afirmou que, a princípio, Bolsonaro considera que o governo não deve interferir na política de preços da Petrobras.

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“Por princípio, o presidente entende que a Petrobras, uma empresa de capital aberto, sujeita às regras de mercado, não deve sofrer interferência política em sua gestão. Aliás, uma das razões para a crise que vínhamos incorrendo em governos passados e que quase distribuiu aquela empresa”, explicou o porta-voz.

 

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