O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (29) que o imposto digital sobre transações eletrônicas, que o economista planejava implementar, “está morto, não existe”.
O plano do ministro da Economia era utilizar o imposto para financiar a desoneração na folha de pagamento das companhias. Há duas semanas, Guedes havia dito que talvez tivesse desistido do imposto, porém logo declarou que não tinha abandonado o plano.
“Do meu ponto de vista o imposto está morto, não tem imposto nenhum, não tem desoneração, não tem como fazer”, pontuou o economista. Paulo Guedes ainda lembrou que a defesa do tributo o levou a perder o secretário da Receita Federal Marcos Cintra e afirmou que ninguém deseja discutir o assunto em meio às eleições municipais, cujo primeiro turno está previsto para ocorrer em 15 de novembro.
“Quem sabe eu tenha que parar de falar desse imposto mesmo. Inclusive estamos em véspera de eleição, e quero declarar o seguinte: esse imposto considere-se morto, extinto. Quando ele foi falado pela primeira vez caiu o secretário da Receita Federal. Agora estamos em plena campanha eleitoral, ninguém quer discutir esse troço. O ministro da economia vai falar disso? Esquece, esse imposto não existe. Agora, você apoia a desoneração sem fonte, sem dizer de onde vem o dinheiro. Ora, esse privilégio é do Congresso, eu não posso apoiar, quero saber de onde vem o dinheiro”, ressaltou Guedes.
Não tem ‘lobby’ pelo imposto em Brasília
O ministro da Economia afirmou que o imposto sobre pagamentos se colocaria como uma maneira de elevar a empregabilidade para a população mais vulnerável que, de acordo com o chefe da pasta, não tem lobby para pedir desoneração em Brasília.
“O privilégio de apoiar uma desoneração dos salários sem fonte de receitas é do Congresso, eu não posso apoiar isso. A resposta quem tem é o Congresso, eu sou só uma ferramenta empurrada de um lado para outro”, completou Guedes.