Paulo Guedes, Ministro da Economia, repetiu que, em caso de uma terceira onda da pandemia de covid-19, o governo do Brasil pode aumentar a “economia de guerra”. A declaração foi dada em evento realizado pela Coalizão Indústria.
“Se a pandemia fustigar novamente, se uma variante não for atacada pela vacina, se não estiver funcionando, vamos aumentar a economia de guerra. O protocolo está pronto, bata acionar a cláusula de calamidade da PEC Emergencial”, disse Paulo Guedes.
Mais uma vez, o ministro reforçou que não irá faltar dinheiro para a saúde e nem para uma eventual necessidade de renovação do auxílio emergencial e de outras medidas.
“Temos nossos princípios básicos, em primeiro lugar a saúde dos brasileiros. Temos compromisso é com a saúde e com a economia. Imagine uma economia desorganizada em meio a uma pandemia: o país afunda. Observem os dramas da Venezuela e da Argentina”, disse o ministro.
Paulo Guedes nega saída do Mercosul
No mesmo evento, o Ministro citou que o governo brasileiro não quer deixar o Mercosul, mas sim modernizar o bloco. A avaliação é de que o carro elétrico – ou movido a hidrogênio – é uma ameaça à indústria automobilística tradicional, citando o crescimento da Tesla, empresa americana do bilionário Elon Musk.
“Nós não vamos sair do Mercosul. Queremos continuar a integração, mas não está funcionando como deveria. Queremos fazer a modernização do Mercosul”, disse.
A indústria automotiva brasileira já foi um grande foco de crescimento, mas acabou encurralada, segundo a avaliação do ministro, que cita que o setor se “enrijeceu” e se “limitou à vizinhança” de forma gradual. As questões estruturais, em sua avaliação, são o fator chave para as montadoras deixarem o Brasil.
“O setor está sendo apertado no mundo inteiro. A Ford deixou o Brasil não por causa do governo, mas porque está em dificuldades no mundo todo”, disse Paulo Guedes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo