Paulo Guedes diz que entrar para a OCDE é ir para a 1ª divisão
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (23) que ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é entrar na primeira divisão. “Estamos indo para a 1º divisão”, afirmou. Mais cedo, os Estados Unidos anunciaram o seu apoio na entrada do Brasil na OCDE. A organização é conhecida como o “grupo dos ricos”.
Apesar disso, Guedes declarou que a aproximação dos Estados Unidos não significa um alinhamento em todas as questões. “Se os EUA estão nesse conflito com a China, não temos nada a ver com isso”, disse. A fala ocorreu na posse do presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, Alfredo Cotait Neto.
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Em relação ao baixo desempenho da economia brasileira, Guedes disse que o cenário irá melhorar mais para a frente. “Daqui três meses, as expectativas para o PIB vão voltar [a subir]”. Na última quarta-feira (22), o governo reduziu a projeção de crescimento de 2,0% para 1,6%.
Além disso, o ministro defendeu a mudança na política econômica do Brasil. Guedes afirmou que o País foi “salvo do caminho da Venezuela, mas que ainda não está salvo do caminho da Argentina”. Ele declarou que a situação fiscal delicada dos estados demonstra que o País está num grande buraco. “Prefeitos e governadores estão na beira do precipício. E ministros estão começando a ficar”, ele.
O ministro também falou sobre a reforma tributária e confirmou a intensão do governo simplificar impostos federais. Porém, ressaltou que o projeto pode tirar o direito de entes municipais e estaduais de tributar. “A reforma tributária vai andar, com redução de impostos e vamos simplificar os impostos federais, o que não tira o direito de cada ente tributar”, afirmou.
Reforma da Previdência
Guedes minimizou as dificuldades do governo na articulação da reforma da Previdência. “Todo dia tem barulho, mas não deixem se levar por esses sinais”, afirmou.
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Além disso, o ministro declarou que a classe política tem consciência da importância da reforma. “Acredito que será uma reforma interessante, e que em 60, 90 dias isso já terá passado, pois estamos num momento dramático.”
