Paulo Guedes é o cara da economia e tem a palavra final, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro disse, na última quinta-feira (1), que “segue a linha do Paulo Guedes” e que o ministro tem a palavra final sobre a política econômica. A declaração do mandatário ocorre um dia após o chefe da pasta econômica negar o uso de precatórios para o financiamento do programa social Renda Cidadã.
“A nossa política é livre mercado. Seguir a linha do Paulo Guedes”, disse Bolsonaro em live nas redes sociais. O presidente salientou a política econômica do País após negar a possibilidade de tabelamento de preços de alimentos.
“O Paulo Guedes continua 99,9% de confiança comigo. Deixo sempre 1% porque quando eu quero mudar alguma coisinha eu falo com ele (…) Então, ele é o cara da política econômica, tá certo? E a palavra final é dele e ponto final”, salientou o mandatário.
Quanto ao aumento do arroz, o presidente afirmou que o preço do alimento subiu após uma corrida aos supermercados. “Em parte faltou arroz sim, não tanto assim, mas a corrida aos supermercado fez subir o preço”, disse.
O crescimento da demanda de importadores estrangeiros impactou o valor do arroz, fazendo com a Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, tenha decidido pela redução total da alíquota de importação para uma cota de 400 mil toneladas de arroz até o fim de 2020.
Bolsonaro disse que consultou a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, sobre o assunto para decidir sobre a importação do alimento.”Não tomo mais nenhuma decisão sem conversar com o respectivo ministro”, afirmou. Bolsonaro, ainda, comentou que a perspectiva é no final de dezembro e começo de janeiro “ter muito arroz no mercado” e o preço voltar a normalidade.
Paulo Guedes diz que haverá substituição de impostos
Em entrevista coletiva realizada na última segunda-feira (28), Paulo Guedes disse que o governo não irá aumentar os impostos, mas que “estamos substituindo”.
O ministro também falou sobre as reformas que estão em tramitação. “A reforma administrativa já foi para Câmara e, agora, então, estamos ultimando a reforma tributária. Temos nossa proposta praticamente pronta e agora é a política que dará o timing“, afirmou Guedes.
O chefe da pasta econômica ainda acrescentou que há dois problemas “muito sérios” que estão sendo endereçados. “Primeiro, vamos respeitar o teto, a sustentabilidade fiscal e então buscamos soluções dentro dessa verdade orçamentária. Esse passo é fundamental para a classe política retomar o controle sobre os orçamentos públicos. E, por outro lado, não vamos aumentar impostos, estamos substituindo”, reiterou Paulo Guedes.
Com informações do Estadão Conteúdo.
