O ministro da Economia, Paulo Guedes informou que as medidas para combater o novo coronavírus (Covid-19) podem alcançar o valor de R$ 1 trilhão nas próximas semanas ou meses. A informação foi divulgada nessa sexta-feira (3) após uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
Na coletiva, Paulo Guedes salientou que o déficit primário já está em 6% do Produto Interno Bruto (PIB) e que as medidas para contenção do vírus já passam de R$800 bilhões.
O ministro pediu para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do “orçamento de guerra” fosse aprovada e acrescentou dizendo que considera oportunismo político críticas sobre a demora na ação do governo federal.
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Após salientar as projeções dos valores, Guedes disse “por isso é que nós precisamos não só dessa blindagem jurídica, mas dessa blindagem legislativa”.
O “orçamento de guerra” é um orçamento paralelo só para o combate ao coronavírus e não precisa seguir normas como o teto de gastos e a Lei de Responsabilidade Fiscal, além da regra de ouro, liberando o governo federal a gastar o que julgar necessário.
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O dinheiro será gerido por um Comitê de Gestão da Crise, formado pelo presidente Jair Bolsonaro, ministros e secretários de saúde estaduais e municipais.
Por fim, o ministro informou “Peço que haja espírito de união em torno do lema de que nenhum brasileiro será deixado pra trás. Defesa da saúde e dos empregos está acima de quaisquer diferenças”.
Paulo Guedes sugeriu que prefeituras paguem auxílio a trabalhadores informais
Em uma reunião virtual com representantes da Frente Nacional de Prefeitos, no último domingo (29), Guedes fez uma sugestão para que as prefeituras paguem o auxílio aos trabalhadores informais e, posteriormente, cobrem esses gastos da União.
Paulo Guedes também pediu para os prefeitos enviarem os cadastros dos colaboradores informais e das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade para a Caixa Econômica Federal. O ministro disse que quem estiver nesses cadastros irá receber auxílio financeiro durante a crise provocada pelo coronavírus.