O governo federal confirmou, nesta sexta-feira (21), a nomeação de Caio Mario Paes de Andrade para a Secretaria Especial de Desburocratização e Governo Digital do Ministério da Economia. A informação, divulgada por meio do Diário Oficial da União (DOU), confirma a indicação de Paulo Guedes para o cargo, após a saída de Paulo Uebel há 10 dias.
Andrade liderava o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), cargo que assumiu em fevereiro do ano passado. Em currículo disponível no site da Serpro, Andrade é descrito como um “empreendedor serial com sucesso em tecnologia de informação, mercado imobiliário e agronegócio”. O novo secretário da Economia empreende no ramo de tecnologia da informação, mercado imobiliário e agronegócio.
De acordo com a Sepro, Andrade liderou mais de 20 processos de M&A (fusões e aquisições), consolidações de empresas, captações com investidores institucionais, aquisições estratégicas e minoritárias, e spin-offices. O novo secretário da Economia tem formação em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduação em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestrado em Administração de Empresas pela Duke University.
Outra substituição prevista no ministério da Economia é Diogo Mac Cord, indicado para a Secretaria de Desestatização, Desinvestimento e Mercados para o lugar de Salim Mattar. Ambos saíram juntos do governo após 20 meses em meio a dificuldades para implementar as medidas para as quais foram convidados a integrar o governo de Jair Bolsonaro: privatizações e reforma administrativa.
Paulo Guedes procura recompor Economia
O chefe da pasta econômica, por sua vez, procura repor as baixas dos últimos meses. Somente nas últimas semanas, além de Uebel e Mattar, o ministro recebeu pedidos de demissão do diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Caio Megale, e do presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Rubem Novaes.
Ao todo, somam seis os integrantes da equipe do Ministério da Economia que já deixaram a gestão. Além desses, constam os nomes de Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro Nacional, e de Marcos Cintra, ex-secretário da Receita Federal. Paulo Guedes chegou a dizer que houve uma debandada no ministério.