O governo pretende cobrar que as petroleiras sigam a diminuição do preço do querosene da aviação (QAV) feita pela Petrobras (PETR4) na última quinta-feira (1). Ao mesmo tempo, empresas podem ser pressionadas para reduzir os preços das passagens aéreas.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante visita técnica ao Instituto Nacional do Semiárido, em Campina Grande (PB), disse que o governo quer que as petroleiras apresentem uma mudança no preço do QAV, além de que haverá conversa com as empresas aéreas para que a redução no custo do combustível seja refletida nas tarifas, com benefício ao consumidor.
“Agora vamos cobrar também de forma muito rigorosa das empresas aéreas, para que se chegue na ponta (a redução de custo), porque não basta um esforço nosso na diminuição de preço dos combustíveis se essas reduções não forem capturadas na cadeia”.
O ministro também afirmou haver um acompanhamento por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para garantir que as reduções sejam capturadas na ponta, pelos consumidores. “Ela (a redução) tem que chegar na ponta, tem que chegar na bomba, tem que chegar na passagem aérea”, destacou.
Silveira também destacou os esforços do governo para reduzir o preço dos combustíveis e do gás de cozinha. “Estamos trabalhando fortemente para isso”, disse ao citar a mudança na política de preços da Petrobras, que segundo ele aconteceu respeitando a governança da companhia.
Mudança da Petrobras
Na última quinta-feira, a Petrobras (PETR4) informou às distribuidoras uma redução média de 12,6% no preço do QAV. Os novos preços já estão valendo. Trata-se do quarto mês consecutivo de queda no preço do insumo.
A redução acumulada no preço do QAV comercializado pela Petrobras em 2023 é de 35%.
Com isso, o valor do metro cúbico do combustível, sem impostos, para venda nas refinarias, passa a variar de R$ 3.201,30 em Ipojuca (PE) a R$ 3.424,50 em Canoas (RS). O preço do QAV tem reajustes todo primeiro dia do mês.
Em entrevista feita em maio à CNN o presidente da estatal, Jean Paul Prates, ao antecipar que o valor do QAV iria ser ajustado, ele criticou o preço das passagens aéreas. Ele disse que valores no País estão caros “e não deveriam”.
Com Estadão Conteúdo