O Partido Republicano detalhou, na manhã desta segunda-feira (1), sua proposta de um novo pacote de estímulos para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O plano, que soma US$ 618 bilhões, foi apresentado no Senado.
A proposta do partido, contudo, é cerca de três vezes menor do que o pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão desejado pelo presidente Joe Biden e o Partido democrata.
A proposta republicana contempla auxílio semanal de US$ 300 até junho, além de US$ 40 bilhões para escolas e creches, US$50 bilhões para assistência a pequenos empreendimentos e US$ 160 bilhões para vacinas, testes e equipamentos de proteção individual (EPI).
Na noite do último domingo (31), um grupo de 10 congressistas republicanos enviaram uma carta a Biden, com o objetivo de marcar uma reunião para chegarem a um acordo sobre o tamanho do pacote.
“Senhor Presidente, reconhecemos seus apelos por unidade e queremos trabalhar de boa fé com sua administração para enfrentar os desafios de saúde, econômicos e sociais da crise de Covid-19“, diz a carta. A Casa Branca confirmou que Biden se reunirá com os representantes oposicionistas na noite desta segunda-feira.
Republicanos procuram gastar menos em pacote de estímulos
O plano do Partido Republicano visa reduzir os cheques por pessoa de US$ 1.400 para US$ 1.000 por adulto, e US$ 500 por adulto com criança como dependente. O projeto também prevê cortes dos cheques a partir de uma renda familiar anual de US$ 40 mil, até zerar quando a família obtiver uma receita anual de US$ 100 mil ou mais.
O plano de Biden, por sua vez, não traz detalhes sobre os níveis de renda que teriam direito aos recursos; os democratas disseram que estão abertos a discutir o tema, embora os pontos de partida, ou seja, os valores mínimos por cidadão sejam distintos.
Além disso, os republicanos não incluíram em sua proposta o aumento do salário mínimo para US$ 15 por hora, além de financiamento para governos estaduais e locais. Vale lembrar que em 2020 os Estados Unidos já liberaram mais de US$ 3 trilhões para combater a pandemia.
Os democratas reafirmam que não querem abrir mão de partes importantes do plano de Biden, pois isso significaria correr o risco de prejudicar a recuperação econômica do país se as demandas por investimentos não fossem supridas.
“Com o vírus representando uma grave ameaça para o país e as condições econômicas sombrias para tantos, a necessidade de ação é urgente e a escala do que deve ser feito é grande”, afirmou a secretário de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, em comunicado na noite de ontem.
Nas negociações junto a Biden, os republicanos deverão citar os US$ 900 bilhões aprovados em dezembro, ainda sob a gestão de Donald Trump, como barganha para diminuir as exigências para o próximo pacote de estímulos.
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