Parlamento irlândes pede para governo recusar acordo UE-Mercosul

Na última quinta-feira (11), o Parlamento irlandês pressionou o governo do país para ser contrário ao acordo de livre-comércio com o Mercosul.

Dos 28 países membros do bloco, a Irlanda é um dos menores. Sendo assim, para se opor ao tratado UE-Mercosul, o país precisa do apoio de outros membros do bloco europeu. A aprovação legítima do acordo deve passar por votação.

Parlamentares da Irlanda apoiaram uma emenda do partido da oposição. O texto faz referência ao acordo de livre-comércio e deixa a União Europeia mais pressionada. A proposta pede que para que sejam usados “todos meios legais e políticos disponíveis para frustrar e impedir” o tratado.

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O texto ainda diz que o acordo não será bom para Irlanda e também para o planeta.

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Em contrapartida, a França, país de grande influência no bloco europeu, também mostra uma certa resistência para aderir o tratado com o Mercosul. O país alega que seu setor agrícola pode ser prejudicado pelas exportações do bloco sul-americano.

França e acordo UE-Mercosul

Sibeth Ndiayeapós, porta-voz do governo francês, disse, no dia 2 de julho, que a França não está preparada para autorizar o acordo comercial entre União Europeia (UE) e Mercosul.

“Vamos observar com atenção e, com base nestes detalhes, vamos decidir”, reiterou Ndiayeapós durante uma entrevista ao canal BFM. Sendo assim, a França exigirá garantias aos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).

“Não posso dizer que hoje vamos ratificar o Mercosul (…) A França, no momento, não está pronta para ratificar”, encerrou o porta-voz.

O governo francês tem receio sobre os efeitos que o seu importante setor agrícola pode sofrer. Dessa forma, este campo poderia ser afetado pela ampla entrada de produtos sul-americanos no mercado.

Os fazendeiros franceses dizem que não darão conta de competir com o que denominam “fábricas de carne” sul-americanas, após o acordo UE-Mercosul.

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Juliano Passaro

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