O presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, afirmou nesta segunda-feira (17) que o acordo firmado com a norte-americana Boeing deve criar o maior grupo de aviação do mundo.
“Acreditamos que o acordo vai acelerar o crescimento da empresa e que essa parceria criará o maior grupo de aviação do mundo”, disse o presidente da Embraer.
A fala ocorreu em uma teleconferência com investidores.
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A intenção de unir as duas fabricantes foi anunciada em 2017. Então, criou-se a expectativa de o negócio fazer frente à união entre a europeia Airbus e a canadense Bombardier. A parceria entre estas duas ocorreu em 2017.
O acordo entre as empresas foi aprovado na manhã desta segunda (17), quando as ações da fabricante brasileira subiram mais de 7%. Os termos haviam sido anunciados em julho deste ano.
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Os benefícios por essa nova empresa serão divididos igualmente. Os custos, por sua vez, serão assumidos separadamente. A informação é do vice-presidente Executivo Financeiro e Relações com Investidores, Nelson Krahenbuhl Salgado.
O acordo
A parceria entre Boeing e Embraer prevê a criação de duas joint-ventures (empresas conjuntas): uma de aviação comercial e outra de defesa.
Na aviação comercial, o negócio é avaliado em US$ 5,26 bilhões. Inicialmente, o valor era estimado em US$ 4,75 bilhões.
A participação da Boeing na nova empresa, chamada de JV Aviação Comercial, será de 8o%. Enquanto isso, a Embraer ficará com 20%. De cara, a norte-americana fará um aporte de US$ 4,2 bilhões.
Além disso, a brasileira terá o direito de vender a sua parte para a americana a qualquer momento.
Para além do anúncio da parceria, o governo brasileiro precisa aprovar a negociação. O governo possui uma “golden share”, que o permite vetar ações estratégica, como a transferência de controle acionário da Embraer.
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