O ministro da Economia, Paulo Guedes, argumentou nesta terça-feira (4) que o Brasil teve um desempenho econômico “bastante razoável” na pandemia.
“Foi muito aceitável, para não dizer que bem melhor que todos os países avançados. Fizemos um trabalho duro e trabalhamos também na questão da Saúde”, afirmou Guedes, em audiência pública conjunta das comissões de Finanças e Tributação; Educação; Trabalho, Administração e Serviço Público; e Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
O ministro citou os dados do mercado de trabalho formal e da arrecadação de tributos para mostrar a velocidade de recuperação da economia.
“Os Índices de atividade estão o dobro do esperado, economia formal já voltou”, completou.
Ele citou o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, ouvido nesta terça-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.
“Quando o Mandetta disse que o problema seria através de ventiladores pulmonares, fomos atrás das empresas e fizemos uma economia de guerra. Passamos de 250 ventiladores pulmonares para 1.500 ventiladores por dia”, acrescentou o ministro da Economia.
Superávit comercial forte deve ajudar a baixar cotação do dólar, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou ainda nesta terça-feira (4) que o superávit comercial muito forte do Brasil deve ajudar a baixar a cotação do dólar no País. A equipe econômica espera um saldo positivo recorde US$ 89,4 bilhões na balança comercial em 2021. “Acho que o dólar vai cair mais para frente”, projetou.
Guedes voltou a dizer que o governo alterou o mix de juros altos com dólar baixo. “Dissemos que iríamos mudar e os juros realmente chegaram a 2% ao ano, e o câmbio ficou mais alto um pouco. O câmbio brasileiro estava fora do lugar equilíbrio, que é mais alto. Não é tão alto como está agora, mas todas essas incertezas, doenças, perspectiva de recessão, dúvidas sobre reformas, boatos de que toda hora o ministro pode cair. Vivemos uma fase difícil, turbulenta”, afirmou.
O ministro alegou que o Brasil ficou mais rico com a alta dos preços das commodities no mercado internacional, mas disse que essa riqueza precisa ser repartida com os mais pobres.
Segundo Guedes, a competição no mercado de gás natural deve baratear o custo do combustível. “Espero que dentro de um ano, um ano e meio, o preço do gás natural possa cair 40%”, completou.
(Com informações do Estadão Conteúdo)