Para ex-CEO da Eletrobras (ELET3), companhia pode virar corporação após capitalização

A Eletrobras (ELET3) pode, após o seu processo de capitalização, se tornar uma corporação: uma empresa com o seu controle pulverizado. É o que afirma Wilson Ferreira Junior, ex-diretor executivo (CEO) da companhia, que deixou o cargo em janeiro. As informações são do Valor Econômico.

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Ferreira Junior, agora à frente da BR Distribuidora (BRDT3), afirma que espera que a Eletrobras siga os caminhos da empresa que dirige atualmente – a BR Distribuidora, que também era estatal, sob controle da Petrobras (PETR4), mas foi vendida em junho de 2019 e hoje tem 37,5% do seu capital detido pela ex-controladora e o restante pulverizado.

O plano de privatização da Eletrobras se arrasta desde 2016 e o esperado é que o governo reduza sua participação para menos de 50%. Ferreira Junior assumiu a presidência da Eletrobras durante o governo Michel Temer e sua missão era preparar a companhia para a privatização. No começo de 2021, com a venda da estatal travada, o executivo optou por deixar a companhia de energia elétrica.

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Para Ferreira Junior, privatização da Eletrobras parece caminhar

Agora, porém, o ex-presidente da Eletrobras afirma que as movimentações no sentido da privatização se acentuaram, devido, principalmente, aos novos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente, que assumiram há pouco.

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O projeto de lei para a capitalização da Eletrobras foi apresentado pelo governo Bolsonaro em 2019 e ficou parado na Câmara por mais de um ano. Em fevereiro, o Governo Federal deu um novo gás à privatização, entregando uma Medida Provisória ao Congresso que define como a companhia será vendida. Nesta semana, Rodrigo Pacheco prorrogou a MP por mais 60 dias.

Além de prover arrecadação ao Executivo, esperada em R$ 50 bilhões, é esperado que a capitalização permita a Eletrobras dobrar seus investimentos entre 2020 e 2035. O plano de negócios atual prevê uma capacidade de investimentos de US$ 95,3 bilhões para os próximos 15 anos, com a quantia chegando a US$ 202 bilhões caso o governo venda sua participação.

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Vitor Azevedo

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