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Paquistão sofre ataque iraniano e alerta para “sérias consequências”; petróleo cai

Paquistão. Foto: Unsplash.

Paquistão. Foto: Unsplash.

O Paquistão condenou na terça-feira (16) um ataque iraniano com mísseis e drones que matou duas crianças perto da fronteira dos dois países, alertando para uma possível retaliação. A escalada da tensão afeta o petróleo nesta quarta-feira (17), já que o Irã é dos principais produtores mundiais da commodity.

Perto das 11h30, o petróleo do tipo Brent caía 1,83%, a R$ 76,91, enquanto o do tipo WTI recuava 1,86%, a R$ 71,18.

O ataque ocorreu após o Irã ter disparado mísseis no norte do Iraque e na Síria na noite de segunda-feira (15), visando o grupo Estado Islâmico. As autoridades paquistanesas convocaram o embaixador iraniano no Paquistão para justificar a “violação não provocada do seu espaço aéreo”.

Segundo a agência de notícias Tasnim, alinhada ao Estado iraniano, o Irã disse ter usado “ataques com mísseis de precisão e drones” para destruir dois redutos do grupo militante sunita Jaish al-Adl, conhecido no Irã como Jaish al-Dhulm, na área de Koh-e-Sabz, na província do Baluchistão, no sudoeste do Paquistão.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão alertou o Irã sobre “sérias consequências”. “É ainda mais preocupante que este ato ilegal tenha ocorrido apesar da existência de vários canais de comunicação entre o Paquistão e o Irã”, afirmou.

Os ataques do Irã aumentam ainda mais o receio de que a guerra de Israel possa transformar-se em um conflito de grande escala no Oriente Médio. Os Estados Unidos condenaram os ataques como “imprudentes e imprecisos”, enquanto as Nações Unidas afirmaram que “as preocupações de segurança devem ser abordadas através do diálogo e não de ataques”.

Opep eleva projeção para oferta de combustíveis do Brasil em 2024, a 4,3 milhões de bpd

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou em 120 mil barris por dia (bpd) sua expectativa para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil em 2024, para uma média de 4,3 milhões de bpd, em relatório mensal publicado nesta quarta-feira (17).

O resultado representa um avanço de 200 mil bpd ante o ano anterior, mas o cartel pondera que “o aumento dos custos no mercado offshore e a inflação também podem continuar a atrasar os projetos” e pressionar o crescimento da oferta no curto prazo.

No relatório, a Opep também atualizou suas estimativas para o ano de 2023 e incluiu, pela primeira vez, projeções para 2025. O cartel elevou em 40 mil barris por dia a estimativa para 2023, a 4,1 milhões de bpd, e projetou aceleração da produção em 2025, a 4,4 milhões de bpd.

De acordo com a Opep, a produção de combustíveis líquidos do Brasil voltou a subir 149 mil bpd em novembro, ao nível recorde de 4,4 milhões de bpd, em um crescimento mais forte do que o esperado no quarto trimestre de 2023.

Somente o petróleo avançou 136 mil bpd no confronto mensal, a 3,7 milhões de bpd. Já a produção de gás natural liquefeito ficou praticamente estável, em 80 mil bpd.

PIB

O cartel também revisou suas estimativas para o crescimento econômico brasileiro, aumentando de 2,5% a 2,9% a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil em 2023.

A Opep elevou ainda a projeção para o avanço do PIB brasileiro em 2024, de 1,2% a 1,4%, e prevê aceleração do crescimento a 1,5% em 2025.

De acordo com o relatório, o crescimento do Brasil continuou estável até o final de 2023, apesar da desaceleração na dinâmica da atividade econômica e expectativas de maior desaceleração em 2024.

Apesar disso, a Opep acredita que a redução na taxa Selic para 10% até o fim de 2024 e uma desaceleração na inflação para cerca de 3,5%, próxima a meta do BC do Brasil, devem favorecer uma retomada na força do crescimento.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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