O Grupo Pão de Açúcar (GPA) (PCAR4) estuda vender mais de R$ 3 bilhões em ativos não essenciais nos próximos meses. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (20) pelo vice-presidente de finanças da empresa, Christophe José Hidalgo.
De acordo com o executivo, o Pão de Açúcar considera se desfazer de ativos imobiliários e postos de gasolina. Além disso, as operações da companhia na Argentina e no Uruguai também estão no radar de possíveis vendas.
“Estamos olhando e temos bastante oportunidade de monetizar ativos, umas de curto prazo, outras de médio prazo”, afirmou Hidalgo durante uma teleconferência com acionistas para comentar os resultados do quarto trimestre.
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Além disso, o GPA também pretende acelerar sua rede de atacarejo neste ano. Segundo o presidente da subsidiária Assaí, Belmiro Gomes, a empresa pretende inaugurar 20 novas lojas e realizar dez conversões de hipermercados Extra para unidades de atacarejo em 2020. A medida custará cerca de R$ 1 bilhão.
Resultados do Pão de Açúcar em 2019
O GPA registrou lucro líquido consolidado de R$ 98 milhões no quarto trimestre de 2019. O montante indica queda de 71,4% na comparação anual. Os analistas consultados pela “Refinitiv” previam um lucro de R$ 327,6 milhões.
Por outro lado, a receita líquida aumentou 23,6% no período, saltando para R$ 17,3 bilhões. As despesas com vendas gerais e administrativas também cresceram 18,5%, para R$ 2,43 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 15,9% quando comparado ao quarto trimestre de 2018, e somou R$ 1,06 bilhão. O valor é semelhante a expectativa dos analistas, de R$ 1,03 bilhão.
No último trimestre de 2019, a receita líquida do Assaí foi de R$ 7,99 bilhões, valor 19,3% maior do que o registrado no mesmo período de 2018. Além disso, a receita do segmento de Multivarejo caiu 2,3% e somou R$ 7,14 bilhões entre outubro e dezembro de 2019.
Última cotação
Após a divulgação do balanço de resultados, os papéis do Pão de Açúcar, sob o ticker PCAR4, lideram as baixas do Ibovespa nesta quinta. Por volta das 15h20, as ações operam em queda de 7,61%, negociadas a R$ 80,96.
