Pão de Açúcar (PCAR4) registra lucro líquido de R$ 333 milhões no 2T20, recuo de 20%
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) apresentou, nesta quinta-feira (30), um lucro líquido consolidado de R$ 333 milhões referente ao segundo trimestre deste ano. Na comparação anualizada, o lucro caiu 20,3%, em comparação aos R$ 418 milhões registrados um ano antes.
O Pão de Açúcar, no entanto, ressaltou o lucro líquido das operações em continuidade, que saiu de R$ 65 milhões para R$ 274 milhões, uma alta de 322%.
A receita bruta consolidada da empresa foi de R$ 22,9 bilhões no trimestre encerrado em junho, com uma alta de 61,1% nas vendas totais e de 19,3% na visão proforma.
A companhia atribui o resultado à expansão do atacadista Assaí, com a abertura de 21 unidades nos últimos 12 meses, além da otimização do portfólio de lojas do Multivarejo e aceleração expressiva do ecossistema digital.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado atingiu R$ 1,6 bilhão, alta de 83,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa ressaltou que o resultado “confirma a tendência positivo tanto nas operações no Brasil quanto internacionais, em todos os formatos e canais”. A margem Ebitda no trimestre foi de 7,6%.
Segundo o balanço da companhia, as despesas com vendas, gerais e administrativas cresceram 52,9%, saindo de R$ 1,98 bilhão para R$ 3,03 bilhões no segundo trimestre de 2020.
Quanto ao Capex, os investimentos brutos do GPA somaram R$ 536 milhões, sendo que duas novas lojas do Assaí foram abertas entre abril e junho, enquanto outras 16 estão sendo construídas (13 orgânicas e 3 conversões). A companhia ressaltou que o plano de expansão e otimização já apresentado segue mantido. Entretanto, devido às incertezas e impactados da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), algumas alterações de prazos ou eventuais postergações podem ocorrer.
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O grupo encerrou o trimestre com uma posição de caixa de R$ 7,7 bilhões, equivalente a aproximadamente duas vezes a dívida de curto prazo. Dessa forma, a alavancagem financeira da companhia, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda caiu de 2,5 vezes no primeiro trimestre, para 2,2 vezes no segundo trimestre deste ano.
“Além do crescimento importante do alimentar e forte retomada do não alimentos, registramos uma expansão acelerada do e-commerce alimentar, que se mostrou extremamente rentável e segue sendo uma grande plataforma de crescimento, tanto no Brasil como nas operações internacionais”, disse o Pão de Açúcar.