O Pão de Açúcar (PCAR3) divulgou que vendeu a sua sede, em São Paulo (SP), para a gestora do fundo imobiliário Tellus Properties (TEPP11).
A sede do Pão de Açúcar fica localizada na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região dos Jardins.
O fato relevante do fundo mostra que ele pagou R$ 109 milhões, sendo R$ 14,5 milhões já desembolsados e o remanescente a ser pago em até 24 meses.
“Desta forma, a partir do presente momento o fundo passará a receber o aluguel relativo ao imóvel. Com a operação, estimamos um incremento na receita imobiliária do fundo de R$ 0,19 por cota”, diz o comunicado.
A operação será um sale and leaseback – ou seja, após a venda, imediatamente o Pão de Açúcar passa a ser inquilino no imóvel, com um contrato de 15 anos.
O fundo vai receber um aluguel mensal de R$ 812 mil, representando um cap rate de 8,9%.
O imóvel tem uma área bruta locável (ABL) de 11,2 mil metros quadrados que contempla um estacionamento com 175 vagas.
Segundo contrato do Pão de Açúcar
Além da venda da sede do Pão de Açúcar, a varejista firmou um outro contrato – também de R$ 109 milhões – para a venda da área anexa à torre administrativa, comprada pelo empresário Frederico von Ihering Azevedo, presidente do grupo GVI.
No terreno o objetivo da GVI é construir prédios residenciais de alto padrão, cujo projeto será desenvolvido pelo arquiteto Felipe Aflalo, responsável por diversos projetos arquitetônicos modernos de São Paulo, inclusive algumas torres de grandes empresas, como a própria sede do GPA.
A ligação do grupo GVI com o grupo Pão de Açúcar é de longa data, já que há 30 anos a empresa foi responsável pela construção de uma das primeiras lojas na zona lesta de São Paulo.
No caso do GPA, a operação faz parte do plano de redução do endividamento do grupo, iniciado em 2023, “contribuindo para a redução da dívida líquida e reforço da sua estrutura de capital”, diz a companhia em seu comunicado.
Nesse sentido, o foco do grupo continua sendo sua desalavancagem.
Ainda no fim de 2023, em transações feitas nesse plano, o Pão de Açúcar já havia gerado cerca de R$ 1,4 bilhão em dinheiro novo.
Essa nova venda por parte da varejista a coloca mais perto de terminar o plano de redução do endividamento através da venda de ativos.
O que falta agora são negociações que envolvem 70 postos de combustível que operam hoje nas lojas do Extra, que foram anteriormente vendidas pelo Pão de Açúcar ao Assaí (ASAI3).