Pão de Açúcar (PCAR3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 172 milhões no 2T22
O Pão de Açúcar (PCAR3) informou nesta quarta-feira (27) que obteve prejuízo líquido consolidado de R$ 172 milhões no segundo trimestre de 2022, revertendo o lucro líquido de R$ 3 milhões do 2T21. No 1T22, o GPA havia reportado lucro líquido de R$ 1,4 bilhão.
O Ebitda ajustado do Pão de Açúcar totalizou R$ 706 milhões, que representa uma queda de 9% ante o 2T21. Já a margem Ebitda ajustada foi de 7,0%, caindo 1,4 pontos percentuais na mesma comparação.
No balanço dos resultados, o CEO do grupo escreveu sobre o novo direcionamento do GPA:
“No Brasil, começamos a colher os frutos do novo direcionamento do grupo, em meio a um processo de transformação de toda a operação, com a companhia focada integralmente nos formatos de supermercados e de proximidade: registramos uma receita bruta com avanço de 6,3% (ex postos), com destaque para a retomada do crescimento do Pão de Açúcar, registrando aumento de fluxo de clientes e ganhos de market share no mercado premium, e a manutenção do forte crescimento dos negócios de Proximidade”, diz a companhia em comunicado.
Receita do Pão de Açúcar no 2T22
A receita líquida do Pão de Açúcar no segundo trimestre do ano atingiu R$ 10,1 bilhões, alta de 9,3% ante o mesmo período do ano anterior, quando havia registrado receita de R$ 9,2 bilhões.
As vendas totais do “Novo GPA Brasil” atingiram R$ 4,4 bilhões e as vendas nas mesmas lojas foram em 4%. “Excluindo postos, atingimos R$ 4,0 bilhões. Na bandeira Pão de Açúcar, nossa venda mesmas lojas atingiu 4,2% no 2T22, impulsionada pelo maior fluxo de clientes em lojas, incremento consistente de sortimento premium e importado na bandeira e ganho de market share vs mercado premium.”
Nas bandeiras mainstream, Mercado Extra e Compre Bem, diz o Grupo, “o crescimento de vendas mesmas lojas de 4,8% é resultado do crescimento da venda de e-commerce e aceleração do programa de fidelidade.”
No formato de Proximidade houve crescimento de 13,6%, “explicado pela excelente execução do plano de aumento de participação de perecíveis, principalmente padaria, frutas e legumes, crescimento no fluxo das lojas de passagem e maior número de lojas atendendo os parceiros de last miles.”
O documento sobre o balanço completa: “No 2T22 ainda tivemos impacto negativo na venda mesmas lojas de postos com a conversão de lojas para o atacarejo – aproximadamente metade dos postos ficam em lojas que hoje estão fechadas para conversão e parte dessas lojas serão reabertas durante o terceiro trimestre.”
A dívida líquida do Pão de Açúcar alcançou R$ -4,5 bilhões no consolidado ao final do trimestre, valor estável em relação ao 2T21.
Além disso, no 2T22 a empresa também manteve baixa relação dívida líquida/Ebitda ajustado em -1,9x.
Nos últimos 12 meses, o Pão de Açúcar gerou um fluxo de caixa operacional de R$ 1,3 bilhão no perímetro das atividades continuadas.
Segundo o Pão de Açúcar, o Grupo Éxito “apresentou um expressivo desempenho de vendas no 2T22, assim como já vinha demonstrando nos trimestres anteriores.” O documento explica: “A receita bruta totalizou R$ 6,6 bilhões no trimestre, com crescimento mesmas lojas de 27,7% vs 2T21.”
Cotação nesta quarta (27)
Nesta quarta-feira (27), as ações do Pão de Açúcar subiram 8.37%, cotadas em R$ 16,32.