O e-commerce europeu Cnova anunciou ao mercado nesta terça-feira (1) sua intenção de realizar uma oferta primária de 300 milhões de euros, e uma oferta secundária. Vale destacar que o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), possui 34% da companhia, enquanto o Casino conta com 64,8%.
No comunicado, o e-commerce controlado pelo Casino e Pão de Açúcar aponta que pretende realizar a oferta primária para acelerar seu crescimento. Já a oferta secundária, poderia dar saída parcial para seus controladores.
Em fato relevante, a varejista on-line destaca que pretende realizar a oferta ainda esse ano, e salienta que “alguns acionistas existentes podem decidir vender uma parcela de suas ações para aumentar o free float“.
Em nota, a Ativa Investimentos destaca que “atualmente GPA possui 34% da Cnova, que atualmente levando em consideração o marketcap do e-commerce francês e o câmbio de 6,31, deveria valer algo em torno de R$ 7 bilhões. Provavelmente essa capitalização deverá ser distribuída em dividendos para os acionistas de Pão de Açúcar, resta saber qual fatia dessa participação será vendida por GPA”.
Além disso, a Ativa Investimentos acredita que a notícia pode reaquecer as ações da companhia, “com investidores buscando se posicionar para receber os possíveis futuros proventos”.
Por volta das 16h50 dessa terça-feira, a ação do Pão de Açúcar (PCAR3) operava em alta de 2,87%, valendo R$ 40,56.
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Vale lembrar que o Pão de Açúcar informou em meados de abril que seu controlador, o Casino, está avaliando “operações de mercado” para a Cnova, segundo maior e-commerce da França. O Casino pode realizar um aumento de capital na companhia, com uma oferta secundária de ações (alienando uma fatia da empresa), “desde que não perca o controle da subsidiária”.
A operação aconteceria sobre o Cdiscount, subsidiária da Cnova, na qual o Pão de Açúcar possui 34,17% do capital social. A companhia disse que o negócio “tem como objetivo habilitar o Cdiscount a acelerar seu plano de crescimento e pode também incluir uma oferta secundária de ações detidas pelo Grupo”.
O Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar recebeu a informação de maneira positiva, segundo o fato relevante divulgado, e reitera que os estudos do controlador têm como base a “excelente performance operacional da subsidiária, assim como o forte potencial de crescimento do Cdiscount e o ambiente favorável do mercado de capitais”.