Pão de Açúcar (PCAR3): ação desaba 8% após prejuízo aumentar no 3T22
O Pão de Açúcar (PCAR3) anotou os resultados do 3T22 na noite de quinta-feira (3). A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 288 milhões. No mesmo período do ano passado, a companhia tinha apresentado perdas de R$ 89 milhões.
Após a divulgação de resultados considerados negativos, as ações do Pão de Açúcar fecharam em queda de 8,39%, nesta sexta-feira (4), cotadas a R$ 20,63.
Os resultados fracos vieram com o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e lucro líquido menores que o esperado, despesas não operacionais da reestruturação de lojas e contingências, explica a XP Investimentos.
Entretanto, a receita do Pão de Açúcar apresentou melhora, lembra a XP, totalizando R$ 10,4 bilhões. Neste caso, o GPA registrou um aumento de 8,9% em comparação ao mesmo trimestre de 2021.
A XP Investimentos tem recomendação “neutra” para as ações do Pão de Açúcar, com preço-alvo de R$ 25.
O BB Investimentos viu vendas pouco animadoras na operação brasileira, combinadas com margens mais pressionadas, enquanto nas operações do Grupo Éxito as vendas vieram melhores, apesar das margens também sob pressão.
Os analistas avaliam que o Pão de Açúcar ainda não entregou as melhorias esperadas com a conversão de lojas, enxugamento de estrutura, readequação de sortimento, entre outros, o que poderão vir a ter impacto positivo no decorrer do 4T22.
Assim, no momento, o banco de investimentos considera que o GPA não superou os desafios de aumento das vendas, pressionadas pela inflação.
O BB Investimentos rebaixou a recomendação dos papéis do Pão de Açúcar para “venda”, com o preço-alvo de R$ 20,60.
O Goldman Sachs avaliou que, embora as vendas do GPA tenham sido pré-relatadas no início de outubro, o Ebitda Ajustado ficou 12% abaixo de sua estimativa.
“O déficit em relação à nossa estimativa foi impulsionado tanto pelo GPA Brasil quanto pelas operações de Éxito, com pressões inflacionárias causando um impacto maior nas margens brutas do que havíamos previsto”, salientaram os analistas do GS.
Assim, o Goldman Sachs espera uma reação do mercado com relação aos resultados do Pão de Açúcar. O banco tem recomendação “neutra” para o ativo, com preço-alvo de R$ 22,50.