Após a Pague Menos (PGMN3) divulgar nesta segunda-feira (1) seu balanço do quarto trimestre de 2020, analistas da XP e do BB BI publicaram relatórios analisando os números, com, as duas casas, interpretando o balanço como majoritariamente positivo.
Tanto a XP como o BB BI mantiveram suas recomendações para a Pague Menos em compra, com a primeira casa fixando o preço-alvo das ações ordinárias em R$ 13 e a segunda em R$ 13,50. Às 12h45, os papéis operavam em queda de 1,82%, negociados a R$ 9,71.
Em comum, as duas casas destacaram a performance de vendas mesmas lojas, que avançou 14% na base anual. A XP expôs ainda como algo positivo a melhoria da margem bruta, que cresceu 0,8 pontos percentuais no trimestre. O BB BI, entretanto, ao não levar em conta um crédito fiscal reconhecido no quarto trimestre de 2019 e a mudança no mix de vendas, apontou que a margem bruta caiu.
Os analistas do banco de investimentos pontuam, por outro lado, que a queda na margem bruta da Pague Menos teria sido anulada por ganhos de eficiência, impulsionados tanto pelas vendas mesmas lojas quanto pelo programa de produtividade. Apesar da queda da margem Ebitda, os analistas do Banco do Brasil Investimentos afirmam que suas expectativas foram superadas.
Pague Menos aumentou eficiência de lojas
A XP também assinalou para a maior eficiência em loja, com o número de funcionários sendo reduzidos tanto na base anual quanto na trimestral. Por outro lado, a maior eficiência, motivada em partes pela otimização de portfólio, com alguns pontos sendo fechados, teria, para a corretora, diminuído a participação de mercado da Pague Menos em 0,2 ponto percentual.
Os analistas do BB BI apontaram a performance da Clinic Farma, programa da Pague Menos em que farmacêuticos especializados realizam alguns tipos de exames, que avançou 622% na base anual. A XP afirma ver a iniciativa de oferecer exames e consultas mais simples com grande potencial, podendo ser impulsionada no cenário da covid-19.
Quanto ao desempenho financeiro, o BB BI destacou a redução da alavancagem financeira da Pague Menos, que terminou o ano em 0,8 vez (ante 3,1 vezes em 2019), o que deixa a empresa em situação confortável para continuar investindo.
A XP Investimentos, por outro lado, apontou a geração de caixa negativa da Pague Menos em R$ 57,7 milhões no quarto trimestre e de R$ 217,6 milhões, motivada pela adequação do capital de giro e pela não antecipação de recebíveis.