Pague Menos (PGMN3) precifica IPO em R$ 8,50 por ação e levanta R$ 747 mi

A Pague Menos precificou a oferta inicial de ações (IPO) a R$ 8,50 por papel e levantou R$ 746,9 milhões. Esse valor ficou bem abaixo da faixa indicativa apresentado no prospecto preliminar da rede de drogarias.

Segundo o documento da Pague Menos, divulgado em julho, a faixa estimativa de preço era entre R$ 10,22 e R$ 12,54 por ação, com a perspectiva de que a operação poderia levantar cerca de R$ 1,3 bilhão. O cálculo havia sido realizado com o preço médio de R$ 11,38 por ação.

A oferta da companhia, que acontece no dia 2 de setembro, consiste apenas em um lote, ou seja, todo o recurso captado será destinado para o caixa da empresa. Após a operação, as ações da empresa serão listadas no segmento Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) com o código “PGMN3”.

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Posterior ao IPO, o capital social da Pague Menos será de R$ 1,1 bilhão, distribuído em 430.600.043 ações.

Os bancos coordenadores da abertura de capital serão:

  • Banco Itaú BBA S.A (coordenador líder);
  • Credit Suisse;
  • Banco Santander;
  • XP investimentos;
  • Banco J.P. Morgan;

Saiba mais sobre a Pague Menos

A rede de farmácias Pague Menos é terceira maior do Brasil em termos de número de lojas, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (“ABRAFARMA”). A empresa cearense, fundada em 1981, opera com 1.112 lojas localizadas em todos os estados brasileiros.

O público alvo da empresa possui uma faixa etária média de 58 anos, pertence às classes B2, C e D (“Classe Média Expandida”), com um gasto mensal médio em torno de R$153,00, e representa cerca de 73% do total de seus clientes. O segmento de mercado da Classe Média Expandida representou um total de 147,7 milhões de consumidores em 2019, cujo consumo de medicamentos totalizou R$114,8 bilhões no mesmo ano, representando 81% do mercado brasileiro.

Em 2016 a Pague Menos recebeu um investimento minoritário da General Atlantic, um fundo de investimentos norte-americano que tem US$34 bilhões de ativos sob gestão. Com esses recursos, iniciou-se uma reestruturação na empresa, com melhorias em vários setores, como o da governança, time de gestão, bem como processos e sistemas internos.

Em 2019 a empresa teve um  lucro líquido ajustado de R$ 23,8 milhões no período, em queda em relação aos R$ 47,9 milhões de 2018 e aos R$ 107,4 milhões de 2017. A receita bruta, por outro lado, aumentou para R$ 6,79 bilhões no ano passado, contra os R$ 6,59 bilhões em 2018 e os R$ 6,30 bilhões em 2017.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 259 milhões em 2019, contra os R$ 241,6 de 2018 e R$ 278,9 de 2017. Por sua vez, a margem Ebitda ajustada foi de 3,8% em 2019, 3,7% em 2018 e 4,4% em 2017.

A receita bruta mensal por loja da Pague Menos foi de R$ 495 milhões em 2019, contra os R$ 489 milhões em 2018 e R$ 517 milhões em 2017. Enquanto as receitas digitais aumentaram em 2019, chegando a R$ 144,6 milhões, contra os R$ 104,1 milhões de 2018 e os R$ 73 milhões de 2017.

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Poliana Santos

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