As ações da rede de farmácias Pague Menos (PGMN3) fecharam em forte alta em sua estreia na bolsa de valores de São Paulo, a B3, de 21,18%, cotadas a R$ 10,30. O volume negociado pelos papéis somou R$ 150,8 milhões.
O grupo farmacêutico teve a ação precificada na última segunda-feira (31) a R$ 8,50 na abertura de capital, valor inferior à faixa indicativo de preço anunciada, que variava de R$ 10,22 a R$ 12,54. Dessa forma, a Pague Menos vendeu 101.054.482 ações, levando a uma captação de cerca de R$ 859 milhões.
O movimento aconteceu após algumas operações do setor não apresentarem números tão positivos. O grupo Dimed (PNVL3), dono da rede Panvel, levantou R$ 1 bilhão em uma oferta subsequente de ações (follow-on) no final de julho e, desde então, suas ações registraram uma queda de 6,2%. Ao mesmo tempo, a d1000 (DMVF3), unidade da Profarma, captou R$ 400,2 milhões no início deste mês em IPO que saiu no piso da faixa indicativa de preço. Desde então, seus papéis caíram 21,8%.
Pague Menos registra lucro de R$ 23,8 mi em 2019
A rede de farmácias reportou um lucro líquido ajustado de R$ 23,8 milhões no ano passado , inferior aos R$ 47,9 milhões registrados em 2018 e aos R$ 107,4 milhões de 2017. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Pague Menos no período totalizou R$ 259 milhões em 2019 e R$ 241,6 milhões em 2018.
A receita líquida do grupo, por sua vez, apresentou um crescimento de R$ 6,3 bilhões em 2017 e de R$ 6,59 bilhões em 2018 para R$ 6,79 bilhões em 2019. Conforme informações da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a companhia é a terceira maior em número de lojas do Brasil.
Fundada em 1981, a Pague Menos conta com pontos em todos os estados da Federação e no Distrito Federal, com mais de 1.100 lojas, 820 unidades do Clinic Farma e mais de 20 mil funcionários que atuam em 327 cidades do Brasil.